CRÓNICAS & OPINIÃO

Nasceu em outubro de 1942, em Almalaguês, Coimbra. Professou na Congregação em setembro de 1963. Tendo passado por Moçambique como religioso missionário, regressou a Portugal em 1975. Após o regresso ao país, ingressou na Universidade Católica Portuguesa, de Lisboa, onde concluiu os estudos em Teologia, tendo sido ordenado presbítero em abril de 1979, exercendo o seu ministério na paróquia de Alfragide. De 1980 a 1986, dedicou-se à formação no seminário menor da Congregação, no Porto. Em setembro de 1986, partiu para Roma, onde frequentou estudos de Teologia da Vida Espiritual e Teologia da Vida Religiosa. Foi diretor espiritual do Seminário de Alfragide até 1989, e, após este ministério, passou pelo Instituto Missionário em Coimbra, por Roma, onde orientou a formação de formadores Dehonianos, voltando a Coimbra, em 2015, onde permaneceu até 2020. Regressou a Roma por mais dois anos, até agosto de 2022, quando foi colocado no Seminário de Alfragide. Trabalha no Centro de Espiritualidade e colabora com algumas paróquias, nomeadamente a da Amadora.

Os Dehonianos no Patriarcado de Lisboa

11/08/2025

Os primeiros Dehonianos, vindos da Itália, chegaram a Portugal em finais de 1946, e estabeleceram-se na Ilha da Madeira, por indicação do madeirense D. Teodósio Clemente de Gouveia, então Arcebispo de Lourenço Marques. A Congregação recebera uma missão em Moçambique e, segundo as disposições da Concordata e do Acordo Missionário, entre a Santa Sé e a República Portuguesa, de 1940, devia abrir seminários em Portugal para a formação de missionários para as Colónias.

Em outubro de 1947, os Dehonianos abriram um seminário no Funchal. Foi o primeiro de outros depois abertos em Coimbra, Aveiro, Porto e Loures, que deram várias dezenas de religiosos e sacerdotes à Igreja em Portugal e às missões em Moçambique, Madagáscar, Índia, Angola, França, Canadá e Estados Unidos da América.

Igreja do Loreto, Lisboa

Ainda em 1947, os Dehonianos estabeleceram-se em Lisboa, primeiro no Bairro da Serafina e, em 1951, na Igreja do Loreto, ao Chiado, para servir a comunidade italiana residente em Lisboa. Desde o princípio, os Dehonianos do Loreto dispuseram-se a atender de confissão e direção espiritual as pessoas que frequentavam a igreja. Notabilizou-se o Padre Ângelo Favero que, durante mais de 60 anos, exerceu esse ministério, com grande apreço dos fiéis que o procuravam.

Em 1969, depois de dois anos, no Prior Velho, Sacavém, os Dehonianos estabeleceram-se em Alfragide, onde inauguraram o Seminário Nossa Senhora de Fátima e assumiram a pastoral da povoação. No mesmo ano, assumiram a responsabilidade da paróquia de Carnaxide. Graças ao trabalho de vários Dehonianos, surgiram as paróquias de Alfragide, Linda a Velha, Queijas, Outurela e Bairro da Boavista.

Residência paroquial da Rocha, Carnaxide

Em 1960, os Dehonianos abriram, em Loures, uma casa para a formação de irmãos religiosos, e assumiram o cuidado das Paróquias de Santo Antão do Tojal, S. Julião do Tojal, Fanhões e Vialonga. Mais tarde, deixando a responsabilidade dessas paróquias, assumiram as da Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa, onde se mantêm.

Atualmente têm uma comunidade paroquial no Santuário da Rocha e outra no Forte da Casa, a partir das quais servem as paróquias vizinhas.

Além destes serviços, do ministério na Igreja do Loreto e do Centro de Espiritualidade de Alfragide, os Dehonianos têm a sua Casa Provincial em Olivais-Sul, a partir da qual servem algumas comunidades religiosas e colaboram com diversos párocos, conforme o espírito de disponibilidade que os carateriza.

Além destes serviços, no Patriarcado de Lisboa, dois dehonianos exercem a missão de capelães hospitalares.

Ainda na região da Grande Lisboa, mas já na diocese de Setúbal, os Dehonianos têm ao seu cuidado as paróquias de Santo André, no Barreiro, de S. Lourenço, em Alhos Vedros e de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Moita.

A exemplo do Padre Leão Dehon, em sintonia com os sinais dos tempos e em comunhão com a vida da Igreja, os Dehonianos, no Patriarcado de Lisboa, como noutras Igrejas, querem contribuir para a instauração do Reino da justiça e da caridade cristã no mundo, o Reino do Coração de Jesus.