Historial e Párocos

Historial

Como nasceu a Matriz

Aspeto da igreja em construção, com o campo de futebol ainda a funcionar

Construção da Igreja Matriz

Acabava o ano de 1953 e o Senhor Cardeal Patriarca D. Manuel Cerejeira encarregava aos 29 dias do mês de setembro, dia de S. Miguel, o Pe. Lúcio do Rego Marçal dos interesses religiosos da Amadora, preparando o caminho para a criação da Paróquia. E assim aconteceu: a 15 de dezembro é canonicamente criada a nova Paróquia da Amadora, ou de Nossa Senhora da Conceição, com festa celebrada a 8 de dezembro. Os acontecimentos sucederam-se e no início do ano de 1954 o Pe. Lúcio é nomeado o primeiro Pároco da Amadora.

Começando desde logo a estruturar os passos a tomar no sentido de atingir o seu objetivo: construir uma nova Igreja, com incidentes positivos e negativos, mas que viriam a produzir agradáveis e doces frutos no dia 30 de dezembro de 1956, dia em que o Senhor D. Manuel Gonçalves Cerejeira veio abençoar a primeira pedra. Seguiu-se o começo dos trabalhos no dia do Santíssimo Nome de Maria, 12 de setembro de 1957 (uma quinta-feira): marcação do terreno, por meio de madeira e marcos de cimento, e construção das instalações do guarda, dos materiais e ferramentas e do escritório.

Menos de dois anos depois a Igreja de Nossa Senhora da Conceição mostrava-se um verdadeiro e imponente templo, ocupando o terreno anteriormente pertencente ao Clube de Futebol Estrela da Amadora, que colocou diversos obstáculos à construção da Igreja naquele local, mas que cessaram, depois de lhe ser dado o atual campo, na Reboleira. Por esta razão é que, em inúmeras fotografias da época se verifica a (hoje) Matriz em obras e com os jogadores do Estrela treinando. A própria recordação fotográfica do dia do lançamento da primeira pedra mostra as balizas do clube…

Festa da Inauguração

Nos dias 11 e 12 de julho de 1958 a nova Igreja, completamente pronta, era sagrada pelo Senhor Cardeal Patriarca, coadjuvado pelo Sr. Arcebispo de Mitilene, D. Manuel dos Santos Rocha, pelo Sr. Bispo de Febiana, D. António Campos e pelo Sr. Bispo de Tiava, D. José Pedro da Silva. Neste dia foram depositadas nos três Altares da Igreja as relíquias de S. Pio X, Santa Maria Goretti e S. Peregrino.
A Igreja pode comportar de 1.200 fiéis e custou 5.113 contos.

Para falarmos da história da nossa Igreja teremos de recuar até ao princípio do século XX, altura em que a Amadora ainda fazia parte das freguesias de Belas e de Carnaxide ao nível administrativo, em 1906, apesar de se constituir já como uma freguesia autónoma.

De facto, já nesta altura realizavam-se cerimónias e atos religiosos na Capelinha de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na Falagueira, capela que se ergueu ainda no século XVIII. No entanto, todo o culto religioso neste templo estava dependente da Igreja de Benfica, pois as circunstâncias de ordem local não davam azo à criação de uma Paróquia na Amadora.

Contudo, assim que o crescimento da Amadora se tornou mais que evidente e longe de ser travado, tornou-se peremptório que surgisse uma alternativa à pequenina capela que dificilmente conseguia já satisfazer as necessidades de uma população tão avultada. E assim se consideravam criadas exigências de caráter espiritual e religioso a revelar, com evidência, que se aproximava a hora de dotar a freguesia de vida religiosa própria – e o Patriarcado estava atento a esta situação.

O campo de futebol no local onde seria construída a igreja matriz

Aspeto da igreja em construção, com o campo de futebol ainda a funcionar

“A Amadora tem a sua igreja! Levou anos a concretizar-se a justa aspiração de milhares de habitantes, mas finalmente o desejado templo está de pé e de pé ficará pelos séculos além! A velha capela da Falagueira restará como um símbolo do passado, recordando às novas gerações os primeiros tempos de uma vila que, em poucos anos, completamente se transformou.”

– Referência na imprensa sobre a Igreja da Amadora

No entanto, nem tudo era um “mar de rosas” e muitos se insurgiam com os boatos que corriam acerca da velha e degradada capelinha da Falagueira…

O Notícias da Amadora, a 4 de novembro de 1961, expressava:

“A velha igreja da Falagueira que até 1958 foi a Igreja da vila, templo modestíssimo que se construiu em 1775 e se dedicou a Nossa Senhora da Lapa está hoje ameaçada de demolição, talvez até já esteja condenada, desaparecendo dentro em pouco, vítima da lei do progresso e da sua irmã gémea, lei da picareta, que não perdoa nem se comove com ninharias e que tantos e tão chorudos escudos tem levado aos magnates da construção civil e a outros quejandos que temos o prazer de ter entre nós..
Que fizemos até agora, para evitar o facto consumado? Nada, antes pelo contrário. O desenvolvimento da Amadora não se pode nem deve deter e nesse ponto estamos, evidentemente, todos de acordo. Mas não será possível respeitar e conservar aquilo que o passado nos levou?

A vila não se podia ter desenvolvido e expandido sem perder todos os traços característicos da antiga e risonha povoação que noutros tempos foi; área para expansão não lhe faltava! Preferiu-se, porém, fazer uso da picareta e agora até a velha igreja não escapa, o que não deixa de ser lamentável.
O novo templo que se ergueu há 3 anos junto da Rua 1.º de Maio, devido, é justo referi-lo, aos louváveis esforços do reverendo Pe. Lúcio Marçal, prior da freguesia, era, realmente, uma necessidade que se impunha, pois a igreja existente já não comportava os milhares de fiéis que a ela acorriam. Não se apresentava outra alternativa, e por isso, e muito bem, se construiu a nova e graciosa igreja que hoje a vila possui. O templo antigo, porém, nunca deveria ter sido abandonado, até porque podia ter ficado destinado à população já bastante numerosa da área circunvizinha, que assim é obrigada a efetuar longas caminhadas para cumprir as suas obrigações religiosas.”

De facto, graças a Deus que não aconteceu o que este jornalista temia – a destruição e demolição da Capela de Nossa Senhora da Lapa – que hoje se tornou ela própria Paróquia (como aliás já o era)!

OS nossos Párocos

No presente

Nasceu em Lisboa, a 27 de janeiro de 1957, sendo o mais velho de cinco irmãos, filho de um Oficial da Força Aérea e de uma dona de casa.

Fez o percurso liceal, do 1.º ao 7.º ano, no Liceu de Camões, e ingressou no Instituto Superior Técnico, que frequentou durante seis anos. A passagem por estas instituições académicas, marcou indelevelmente a sua formação intelectual e humana, que foi enriquecida com o Curso de Teologia, na Universidade Católica.

Foi Ordenado Presbítero a 7 de julho de 1991.

Além de ser pároco da Amadora, atualmente é também Conselheiro Espiritual de quatro Equipas de Casais de Nossa Senhora (ENS).

Padre Carlos Jorge Vicente

Padre Carlos Jorge Vicente

Pároco 2014 até ao presente

Nome: Carlos Jorge Henriques Vicente
Nascimento: 27.1.1957
Ordenação: 7.7.1991

Párocos

No passado

Padre António Faustino

Padre António Faustino

Pároco 2009–2014

Nome: António Manuel Santos Faustino
Nascimento: 13.7.1955
Ordenação: 30.11.1980

Padre Carlos Pratas

Padre Carlos Pratas

Pároco 2004–2009

Nome: Carlos Manuel Pratas Vieira
Vida: 7.11.1966 / 4.11.2011
Ordenação: 18 anos de sacerdócio

Cónego Antº Marim

Cónego Antº Marim

Pároco 1987–2004

Nome: António da Franca de Melo Horta Machado
Nascimento: 19.1.1938
Ordenação: 29.6.1969

Padre Maurício

Padre Maurício

Pároco 1974 - 1986

Nome: Luís Maria dos Anjos Maurício Vida: 
Ordenação: 1948

Padre Herculano Martins

Padre Herculano Martins

Pároco 1963 - 1974

Nome: Beneficiado Herculano de Brito Martins
Vida:
Ordenação:

Padre Lúcio Rego Marçal

Padre Lúcio Rego Marçal

Pároco 1953 - 1963

Nome: Lúcio Rego Marçal
Vida: 28.10.1910 /
Ordenação:

Padres Missionários Monfortinhos Holandeses

Padres Missionários Monfortinhos Holandeses

1936