Historial e Párocos
Historial
Como nasceu a Matriz

Aspeto da igreja em construção, com o campo de futebol ainda a funcionar
Construção da Igreja Matriz
Acabava o ano de 1953 e o Senhor Cardeal Patriarca D. Manuel Cerejeira encarregava aos 29 dias do mês de setembro, dia de S. Miguel, o Pe. Lúcio do Rego Marçal dos interesses religiosos da Amadora, preparando o caminho para a criação da Paróquia. E assim aconteceu: a 15 de dezembro é canonicamente criada a nova Paróquia da Amadora, ou de Nossa Senhora da Conceição, com festa celebrada a 8 de dezembro. Os acontecimentos sucederam-se e no início do ano de 1954 o Pe. Lúcio é nomeado o primeiro Pároco da Amadora.
Começando desde logo a estruturar os passos a tomar no sentido de atingir o seu objetivo: construir uma nova Igreja, com incidentes positivos e negativos, mas que viriam a produzir agradáveis e doces frutos no dia 30 de dezembro de 1956, dia em que o Senhor D. Manuel Gonçalves Cerejeira veio abençoar a primeira pedra. Seguiu-se o começo dos trabalhos no dia do Santíssimo Nome de Maria, 12 de setembro de 1957 (uma quinta-feira): marcação do terreno, por meio de madeira e marcos de cimento, e construção das instalações do guarda, dos materiais e ferramentas e do escritório.
Menos de dois anos depois a Igreja de Nossa Senhora da Conceição mostrava-se um verdadeiro e imponente templo, ocupando o terreno anteriormente pertencente ao Clube de Futebol Estrela da Amadora, que colocou diversos obstáculos à construção da Igreja naquele local, mas que cessaram, depois de lhe ser dado o atual campo, na Reboleira. Por esta razão é que, em inúmeras fotografias da época se verifica a (hoje) Matriz em obras e com os jogadores do Estrela treinando. A própria recordação fotográfica do dia do lançamento da primeira pedra mostra as balizas do clube…
Festa da Inauguração
Nos dias 11 e 12 de julho de 1958 a nova Igreja, completamente pronta, era sagrada pelo Senhor Cardeal Patriarca, coadjuvado pelo Sr. Arcebispo de Mitilene, D. Manuel dos Santos Rocha, pelo Sr. Bispo de Febiana, D. António Campos e pelo Sr. Bispo de Tiava, D. José Pedro da Silva. Neste dia foram depositadas nos três Altares da Igreja as relíquias de S. Pio X, Santa Maria Goretti e S. Peregrino.
A Igreja pode comportar de 1.200 fiéis e custou 5.113 contos.
Para falarmos da história da nossa Igreja teremos de recuar até ao princípio do século XX, altura em que a Amadora ainda fazia parte das freguesias de Belas e de Carnaxide ao nível administrativo, em 1906, apesar de se constituir já como uma freguesia autónoma.
De facto, já nesta altura realizavam-se cerimónias e atos religiosos na Capelinha de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na Falagueira, capela que se ergueu ainda no século XVIII. No entanto, todo o culto religioso neste templo estava dependente da Igreja de Benfica, pois as circunstâncias de ordem local não davam azo à criação de uma Paróquia na Amadora.
Contudo, assim que o crescimento da Amadora se tornou mais que evidente e longe de ser travado, tornou-se peremptório que surgisse uma alternativa à pequenina capela que dificilmente conseguia já satisfazer as necessidades de uma população tão avultada. E assim se consideravam criadas exigências de caráter espiritual e religioso a revelar, com evidência, que se aproximava a hora de dotar a freguesia de vida religiosa própria – e o Patriarcado estava atento a esta situação.

O campo de futebol no local onde seria construída a igreja matriz

Aspeto da igreja em construção, com o campo de futebol ainda a funcionar
“A Amadora tem a sua igreja! Levou anos a concretizar-se a justa aspiração de milhares de habitantes, mas finalmente o desejado templo está de pé e de pé ficará pelos séculos além! A velha capela da Falagueira restará como um símbolo do passado, recordando às novas gerações os primeiros tempos de uma vila que, em poucos anos, completamente se transformou.”
– Referência na imprensa sobre a Igreja da Amadora
A 7 de agosto de 1958 a imprensa da época aclamava a construção deste imponente e moderníssimo templo com a sua área “maior do que a da Basílica da Estrela”.
Cerimónia de Sagração da Igreja Paroquial da Amadora in Arquivos RTP

No entanto, nem tudo era um “mar de rosas” e muitos se insurgiam com os boatos que corriam acerca da velha e degradada capelinha da Falagueira…
O Notícias da Amadora, a 4 de novembro de 1961, expressava:
“A velha igreja da Falagueira que até 1958 foi a Igreja da vila, templo modestíssimo que se construiu em 1775 e se dedicou a Nossa Senhora da Lapa está hoje ameaçada de demolição, talvez até já esteja condenada, desaparecendo dentro em pouco, vítima da lei do progresso e da sua irmã gémea, lei da picareta, que não perdoa nem se comove com ninharias e que tantos e tão chorudos escudos tem levado aos magnates da construção civil e a outros quejandos que temos o prazer de ter entre nós..
Que fizemos até agora, para evitar o facto consumado? Nada, antes pelo contrário. O desenvolvimento da Amadora não se pode nem deve deter e nesse ponto estamos, evidentemente, todos de acordo. Mas não será possível respeitar e conservar aquilo que o passado nos levou?
A vila não se podia ter desenvolvido e expandido sem perder todos os traços característicos da antiga e risonha povoação que noutros tempos foi; área para expansão não lhe faltava! Preferiu-se, porém, fazer uso da picareta e agora até a velha igreja não escapa, o que não deixa de ser lamentável.
O novo templo que se ergueu há 3 anos junto da Rua 1.º de Maio, devido, é justo referi-lo, aos louváveis esforços do reverendo Pe. Lúcio Marçal, prior da freguesia, era, realmente, uma necessidade que se impunha, pois a igreja existente já não comportava os milhares de fiéis que a ela acorriam. Não se apresentava outra alternativa, e por isso, e muito bem, se construiu a nova e graciosa igreja que hoje a vila possui. O templo antigo, porém, nunca deveria ter sido abandonado, até porque podia ter ficado destinado à população já bastante numerosa da área circunvizinha, que assim é obrigada a efetuar longas caminhadas para cumprir as suas obrigações religiosas.”
De facto, graças a Deus que não aconteceu o que este jornalista temia – a destruição e demolição da Capela de Nossa Senhora da Lapa – que hoje se tornou ela própria Paróquia (como aliás já o era)!
OS nossos Párocos
No presente
Nasceu em Lisboa, a 27 de janeiro de 1957, sendo o mais velho de cinco irmãos, filho de um Oficial da Força Aérea e de uma dona de casa.
Fez o percurso liceal, do 1.º ao 7.º ano, no Liceu de Camões, e ingressou no Instituto Superior Técnico, que frequentou durante seis anos. A passagem por estas instituições académicas, marcou indelevelmente a sua formação intelectual e humana, que foi enriquecida com o Curso de Teologia, na Universidade Católica.
Foi Ordenado Presbítero a 7 de julho de 1991.
Além de ser pároco da Amadora, atualmente é também Conselheiro Espiritual de quatro Equipas de Casais de Nossa Senhora (ENS).

Padre Carlos Jorge Vicente
Pároco 2014 até ao presente
Nome: Carlos Jorge Henriques Vicente
Nascimento: 27.1.1957
Ordenação: 7.7.1991
Párocos
No passado

Padre António Faustino
Pároco 2009–2014
Nome: António Manuel Santos Faustino
Nascimento: 13.7.1955
Ordenação: 30.11.1980

Padre Carlos Pratas
Pároco 2004–2009
Nome: Carlos Manuel Pratas Vieira
Vida: 7.11.1966 / 4.11.2011
Ordenação: 18 anos de sacerdócio

Cónego Antº Marim
Pároco 1987–2004
Nome: António da Franca de Melo Horta Machado
Nascimento: 19.1.1938
Ordenação: 29.6.1969

Padre Maurício
Pároco 1974 - 1986
Nome: Luís Maria dos Anjos Maurício Vida:
Ordenação: 1948

Padre Herculano Martins
Pároco 1963 - 1974
Nome: Beneficiado Herculano de Brito Martins
Vida:
Ordenação:

Padre Lúcio Rego Marçal
Pároco 1953 - 1963
Nome: Lúcio Rego Marçal
Vida: 28.10.1910 /
Ordenação:

Padres Missionários Monfortinhos Holandeses
1936

Padre António Faustino
Pároco 2009–2014
Nome: António Manuel Santos Faustino
Nascimento: 13.7.1955
Ordenação: 30.11.1980
Pequena biografia
Nascimento: 13 de julho de 1955, em Santa Catarina, Caldas da Rainha, Diocese de Lisboa
Ordenação Presbiteral: 30 de novembro de 1980, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa.
Nomeação: 29 de junho de 2009
Início do Ofício de Pároco: 11 de outubro de 2009.
FUNÇÕES E CARGOS
Membro da Equipa formadora do Seminário de S. Paulo de Almada: 1980-1981
Vigário Paroquial da Amadora: 1981-1982
Vigário Paroquial de Belas: 1982-1992
Adjunto da Capelania da UCP: 1985-1992
Pároco de S. Lourenço de Arranhó (concelho de Arruda dos Vinhos): 2001-2006
Pároco de Arruda dos Vinhos e S. Miguel de Cardosas (concelho de Arruda dos Vinhos): 1992-2009
Vigário da Vara de Alenquer: 1996-2006
FORMAÇÃO ACADÉMICA
Curso do secundário nos Seminários do Patriarcado (Santarém e Almada)
Licenciatura em Teologia (Universidade Católica, Lx.): 1979
Licenciatura em Filosofia (Universidade Católica, Lx.): 1988
Outros sacerdotes e colaboradores:
Pe. José Manuel Cecílio Pereira (capelão da GNR na Escola Prática de Queluz), Padres Dehonianos (Seminário de Alfragide).
Diácono permanente:
Luís Lopes Aparício (2009 – 2014).

Padre Carlos Pratas
Pároco 2004–2009
Nome: Carlos Manuel Pratas Vieira
Vida: 7.11.1966 / 4.11.2011
Ordenação: 18 anos de sacerdócio
A 11 de julho de 2004, D. José da Cruz Policarpo, nomeia o Pe. Carlos Manuel Pratas Vieira, Pároco das Paróquias de Nossa Senhora da Conceição da Amadora e Nossa Senhora da Conceição da Lapa na Falagueira.
Nascido a 7 de novembro de 1966 em São Sebastião da Pedreira, Freguesia e Concelho de Lisboa. Ingressou nos Seminários da Diocese de Lisboa (Seminário Patriarcal de São Paulo de Almada; Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais) a 17 de setembro de 1985.
A 28 de julho de 1992 termina a Licenciatura em Teologia, na Universidade Católica em Lisboa. No ano seguinte frequentou o primeiro ano do Curso de Pós-Graduação em Teologia Pastoral na mesma Universidade.
Foi ordenado Presbítero pelo Eminentíssimo D. António Ribeiro a 4 de julho de 1993 na Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos e celebrou a sua primeira Missa (Missa Nova) a 18 de Julho do mesmo ano.
Recebeu a sua primeira nomeação no mesmo ano para exercer as funções de Vigário Paroquial (Coadjutor) da Paróquia de São Nicolau, na Baixa de Lisboa e Diretor Adjunto do Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações da Diocese de Lisboa.
Em 17 de setembro de 1995 tomou posse como Pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo da Silveira, em Torres Vedras, e um ano depois foi nomeado Vigário Adjunto da Vigararia de Torres Vedras.
Em 2001 assume as funções de Vigário da mesma Vigararia.
Construiu a Igreja na praia de Santa Cruz, tendo sido esta Dedicada a 27 de fevereiro do ano 2000. Restaurou todas as outras igrejas da mesma Paróquia e recuperou também a residência Paroquial. Em julho de 2003 construiu o Centro de Dia e Apoio Domiciliário da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo da Silveira.
Em 2004 deixa a Paróquia da Silveira para assumir funções como Pároco na Amadora a 9 de outubro do mesmo ano. Em missa de tomada de posse presidida por Sua Eminência o Sr. Cardeal Patriarca D. José da Cruz Policarpo.
O seu dinamismo e forte sentido litúrgico são os traços mais evidentes que personalizam o seu múnus pastoral marcando desde logo a nossa Comunidade.
Constituídas por ele várias Comissões, destaca-se na sua biografia a constituição da Comissão Executiva para as obras de restauro da Igreja Matriz tendo sido decididas 6 fases na sua obra. A primeira fase de reconstrução da Igreja Matriz foi a sua envolvente exterior, obra terminada e inaugurada a 12 de julho de 2007, data em que se iniciou solenemente o 50.º aniversário da Dedicação da nossa Igreja Matriz.
Durante este ano várias atividades assinalaram esta efeméride. A 13 de julho de 2008, data em que Sua Eminência o Cardeal Patriarca D. José preside à solene Eucaristia deste 50.º aniversário, inaugurando a 2.ª fase de obras: A requalificação do espaço de Culto do interior do Templo da Igreja Matriz da Amadora.
Faleceu a 4 de novembro de 2011.
Padres co-adjutores:
Pe. Constantino Vicente (2004 a 2008)
Pe. David Matamá (2006 a 2007)
Pe. Daniel Almeida (nomeado Co-adjutor a 29 de junho de 2008)
Outros sacerdotes colaboradores:
Pe. José Manuel Cecílio Pereira, Pe. Policarpo Santos Afonso Lopes (Já falecido), Pe. Saturino Gomes, Sacerdotes Missionários Dehonianos (Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus), Sacerdotes Missionários Verbitas.
Sacerdotes ordenados na Paróquia:
Pe. Victor Cecílio e Pe. Luís Nunes, Ordenados no dia 12 de julho de 1998
Sacerdote natural da Paróquia:
Frei Gonçalo (Franciscano)
Diáconos permanentes:
Diac. Manuel dos Santos Melo (1987 a 1988)
Diac. José Marques da Costa (1988 a 1992)
Diac. Luís Aparício (1987 até 2011)

Cónego Antº Marim
Pároco 1987–2004
Nome: António da Franca de Melo Horta Machado
Nascimento: 19.1.1938
Ordenação: 29.6.1969
A 14 de agosto de 1987 o Pe. António da Franca de Melo Horta Machado (Marim) tomou posse como quarto Pároco da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Amadora.
Nascido a 19 de janeiro de 1938 na Quinta das Sobralas em Rio de Mouro, Sintra, licenciou-se em Filosofia em 1964, tendo-se posteriormente diplomado em Teologia no ano de 1969, quando foi ordenado sacerdote da Companhia de Jesus na Sé Patriarcal de Lisboa a 29 de junho, e em Catequese e Pastoral em 1974, curso tirado na Bélgica, onde assume o cargo de Diretor do 3.º ciclo no Colégio de S. João de Brito e diversas responsabilidades pastorais (ao nível paroquial) em inúmeras Paróquias em Bruxelas até 1984.
Entretanto deixou os Jesuítas e incardinou o Patriarcado de Lisboa, onde foi nomeado coadjutor do pároco da Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, em Lisboa.
Em 1987 é nomeado Pároco da Amadora, em 1995 da Falagueira e em 1996 Vigário da Vigararia da Amadora. No ano 2002 assumiu as funções de Vigário Geral do Patriarcado de Lisboa; e em 2004 foi nomeado, pelo Sr. Cardeal Patriarca D. José da Cruz Policarpo, Cónego do Cabido do Patriarcado de Lisboa. É com estas funções que deixa a Paróquia da Amadora depois de 17 anos de entrega e dedicação.
Padres co-adjutores:
Pe. Aníbal Azevedo Rodrigues Pinto (1989 a 1990)
Pe. Luís Manuel Arruda Ribeiro Marques (1990 a 1992)
Pe. Manuel Fontes de Carvalho
Pe. Victor Manuel Fernandes Gonçalves (1992 a 1996)
Pe. António Pedro Boto de Oliveira (1998 a 2000)
Pe. Constantino Vicente
Pe. Nicolau Pollman (2002 a 2004)
Outros sacerdotes colaboradores:
Pe. Policarpo Afonso Lopes (já falecido) Pe. António Cabral, Pe. José Cristino dos Santos Coelho (Congregação de S. João Baptista), Pe. António Aguiar, Sacerdotes Missionários da Consolata, Sacerdotes Dehonianos (Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus).

Padre Maurício
Pároco 1974 - 1986
Nome: Luís Maria dos Anjos Maurício
Vida:
Ordenação: 1948
Pe. Luís Maria dos Anjos Maurício terceiro pároco que a Igreja da Amadora recebeu. Iniciou as suas tarefas paroquiais a 26 de agosto de 1974. Tendo anteriormente desempenhado a função de Pároco de Turquel em Alcobaça, de Alenquer e de Olivais-Sul e exercendo o múnus sacerdotal na Obra da Rua, como colaborador do saudoso Pe. Américo, foi prefeito e professor no pequeno Seminário de Abrigada. Regressava de Angola onde permaneceu dois anos quando D. António Ribeiro emitiu o Decreto que o nomeava Pastor da nossa Paróquia, lugar em que foi investido, no Domingo, dia 13 de outubro do mesmo ano.
Nascido em Torres Novas, frequentou os Seminários de Santarém, Almada e Olivais, tendo sido ordenado sacerdote em 1948.
A sua preocupação enquanto Pároco da Igreja da Amadora centrou-se na criação e vitalização de Centros de Catequese para crianças, jovens e adultos, fomentar a vida litúrgica e fazer surgir centros de atendimento aos mais carenciados. Entretanto centrava a sua atenção nos locais de culto, tendo surgido o salão-escola da Santa Filomena, onde se celebrava a Eucaristia. Seguiu-se o Centro Católico da Mina e, mais recentemente, o do Casal de S. Brás – hoje Paróquia de S. Brás.
Ainda durante o tempo em que o Pe. Luís Maurício esteve connosco procedeu-se a obras de restauro da Igreja Paroquial nos seus 25 anos de edificação.
Padres co-adjutores:
Pe. Fernando Alberto de Castro Cunha e Vasconcelos (1975 a 1979)
Pe. Adelino Costa e Sousa (1977 a 1978)
Pe. Artur Luís Rodrigues (1978 a 1980)
Pe. Joaquim Pedro Rodrigues Costa (1979 a 1981)
Pe. António Manuel dos Santos Faustino (1981 a 1982)
Pe. Manuel da Costa Nunes de Freitas
Outros sacerdotes colaboradores:
Pe. Abílio, Pe. Agostinho, Pe. João Caniço, Pe. Joaquim Mendes da Cruz (que sucederia ao Pe. Luís Maurício como administrador paroquial), Pe. Horácio e o Pe. Joaquim Maria dos Anjos Maurício, irmão do Pe. Luís Maurício.
A 18 de janeiro de 1986, o Pe. Joaquim Mendes da Cruz tomava posse como Administrador Paroquial. Licenciado em Filosofia, dedicou quase toda a sua vida ao ensino. Aquando da sua coadjuvação ao Pároco Luís Maurício celebrava uma Missa diária, dispunha de uma hora diária de confissões e prestava assistência aos doentes na Clínica de Santo António.

Padre Herculano Martins
Pároco 1963 - 1974
Nome: Beneficiado Herculano de Brito Martins
Vida:
Ordenação:
Em 6 de outubro de 1963 toma posse um novo Pároco – o segundo da Amadora – o Pe. Beneficiado Herculano de Brito Martins – o Padre Herculano, como ficaria a ser conhecido e estimado para sempre nesta Paróquia imensa que não parava de crescer. Presidiu à inesquecível cerimónia o Cónego António Antunes Abranches, em representação do Cardeal Patriarca.
O Pe. Herculano vinha precedido do grande prestígio que os altos e variados serviços, prestados a toda a Diocese de Lisboa, lhe outorgavam.
Três anos antes, dos dias 6 a 13 de novembro de 1960, havia estado entre nós, a acompanhar a Imagem de Nossa Senhora de Fátima, na sua peregrinação pela freguesia da Amadora.
Foi cheia e trabalhosa toda a sua vida de sacerdote, tendo durante vários anos sido perfeito e professor no Seminário de Santarém, onde mais tarde, devido às excelentes provas dadas no exercício destas funções, o Cardeal Cerejeira o encarregou de dirigir o Seminário, nomeando-o Vice-Reitor. De seguida foi-lhe atribuída a chefia do grupo de Missionários Diocesanos de Lisboa, que acumulava com outros cargos, percorrendo o Patriarcado, de paróquia em paróquia e de aldeia em aldeia, no exercício dos quais deu, sempre, grandes exemplos de competência e de amor à causa a que se devotara desde o alvorecer da sua juventude. Foi a nossa a primeira Paróquia que pastoreou, e por mais de dez anos o fez; dela se despediu no dia 10 de outubro de 1974 (embora oficialmente – de acordo com os registos do Patriarcado – a tenha deixado a 26 de agosto de 1974), para ir orientar a Paróquia da Graça, da cidade de Lisboa.
A nossa Comunidade muito beneficiou com a chegada do Pe. Herculano que surgiu num momento em que se procedia a galopante degradação, abandono e descuro da capelinha da Falagueira. Chegou até a servir de depósito de petróleo e azeite, situação divulgada pela imprensa diária. É de facto ao Pe. Herculano que caberá a missão de acudir à Capela, quase em ruínas, apelando a todas as suas capacidades, à sua comprovada competência, à sua vasta experiência e à força da sua Fé, da Fé que nasceu com ele, para restituir ao pequeno templo do século XVIII a sua dignidade primitiva, a sua função e o seu desígnio sagrado. Assim, o Pe. Herculano formou uma Comissão que, sob sua orientação, procedeu ao restauro da bela relíquia do património paroquial. Desta Comissão faziam parte João Guimarães dos Santos Matos, Brigadeiro José Guimarães Fisher, Luís Maria Gonzaga Soares Ferreira Onofre, Josué Hamilton Moreira, Agostinho Caldeira e Manuel Cardoso Lopes, entre outros. Nestas iniciativas de restauro investiram-se muitas dezenas de contos e as coisas não mais voltaram ao estado de degradação de outrora, logo após a transferência dos serviços eclesiásticos para a nova Igreja em 1958, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Amadora.
Padres co-adjutores:
Pe. Manuel Francisco Vitorino dos Santos
Pe. Manuel Vitorino da Silva Moreira Fernandes (1965 a 1969)
Pe. João Baptista Bragança Fernandes (1968 a 1971)

Padre Lúcio Rego Marçal
Pároco 1953 - 1963
Nome: Lúcio Rego Marçal
Vida: 28.10.1910 /
Ordenação:
A partir do dia 21 de dezembro de 1953 até ao dia 3 de setembro de 1963, aquando da sua partida para Angola, como Capelão-Militar, o Pe. Lúcio Rego Marçal, assumiu as funções que o Senhor Cardeal Cerejeira lhe confiou: organizar na Amadora a sua Comunidade Religiosa, e foi o que fez. Da sua vontade e perseverança, nasceram as primeiras estruturas da Paróquia e, sobretudo, a nova Igreja Paroquial da Amadora. De facto, foi o próprio Pe. Lúcio do Rego Marçal quem desenhou a Igreja pela primeira vez e ajudou o arquiteto J. A. Campos a transpor para o papel os seus intentos ao nível da construção da própria Igreja.
A sua atividade como sacerdote teve início na zona de Sintra, onde foi pároco de Almargem do Bispo, Montelavar e Cheleiros, tendo, alguns anos mais tarde, sido encarregado das paróquias de Alcoentre, Cercal, Alguber e Manique do Intendente, exercendo simultaneamente o cargo de Capelão da Colónia Penitenciária de Alcoentre.
Após a saída do Pe. Lúcio para Angola o Pe. António Ambrósio da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, que vinha entretanto auxiliando nos serviços paroquiais, ficou na Amadora ocupando o lugar do Pe. Lúcio, embora não como pároco, como desejaria. Deste modo, durante a sua curta interinidade, não pôde intervir nas atividades da comunidade pois entretanto a Congregação transferiu-o para os seus Serviços Missionários da então nossa ilha de S. Tomé.

Padres Missionários Monfortinhos Holandeses
1936
Decorria o ano de 1936 quando os Padres Missionários Monfortinhos Holandeses chegavam à Amadora e iniciavam uma marcante transformação social e religiosa em todo o nosso Concelho.
Durante cerca de duas décadas viveram na Avenida Miguel Bombarda n.º 5, que ficou conhecida na época por Quinta dos Padres, onde hoje se encontra o denominado Monumento ao Bombeiro e a urbanização que o circunda.
Este espaço servia principalmente como centro de acolhimento e preparação para sacerdotes destinados às Missões espalhadas por todo o mundo, pelo que não é de estranhar que por esse espaço tivessem passado inúmeros missionários, tendo cada um deles não só deixado algo de si, mas também contribuído para o crescimento espiritual da região.
Nesta altura, a comunidade cristã encontrava-se instalada na atual Paróquia da Falagueira (em clara fase de declínio), cuja administração estava entregue à Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Lapa – que ainda existe a nível paroquial.
Foi neste contexto que o Pe. João Humberto Cornélio Limpens, por muitos considerado o verdadeiro criador da comunidade cristã da Amadora, chega à nossa cidade. Então vila da Amadora.
A princípio, dado o avançado estado de degradação da (então) Capela de Nossa Senhora da Lapa, o sacerdote desenvolvia as suas atividades religiosas numa pequena capela particular na Quinta do Assentista, começando desde logo a desenvolver esforços para recuperar a Ermida da Falagueira, tendo inclusive conseguido reunir para o efeito uns espantosos trinta mil escudos – não esquecer que em 1936 se tratava de uma grande quantia!
A 29 de dezembro de 1936, o Cardeal Patriarca D. Manuel Gonçalves Cerejeira nomeava o Pe. João Limpens, Vigário da Amadora, posição que ocupou até 1950, altura em que regressou à sua terra natal na Holanda, e onde viria a falecer com 87 anos de idade.
Ao Pe. José Maria Frissen coube a árdua tarefa de substituir o Pe. Limpens e de coordenar uma comunidade em crescendo, permanecendo connosco entre 1936 e 1952, tendo regressado à Holanda nesse ano. Começava já a ser notória a necessidade de construir uma nova igreja que albergasse os novos (e cada vez mais numerosos) fiéis.
Também da Congregação dos Padres Monfortinhos Holandeses, o Pe. José Latester seguiu o mesmo caminho iniciado pelos seus antecessores, que depois do trabalho desenvolvido pelos três, chamavam carinhosamente à Igreja da Falagueira “A Nossa Catedral”. O Pe. José Latester permaneceu na Comunidade até setembro de 1952.