Tem sido habitual, de há alguns anos a esta parte, os nossos rapazes passarem uma semana de férias com os avós.
Acho que não é preciso enumerar todas as vantagens desta semana fora, sendo que, obviamente, a maior de todas é nós termos uma semana sem eles, claro!
Fora de brincadeiras… dizer que é uma bênção o que os nossos filhos têm, é dizer muito pouco. Felizmente, têm crescido com a presença de quatro avós, que são, de todas as formas possíveis, a personificação de um amor maior. O avô Valentim e a avó Lurdes – pais da Andreia, e o avô Jaime e a avó Maria João – pais do João – são a personificação da certeza de que há sempre espaço para mais um (até para os amigos dos netos), há sempre um lanche à espera quando se chega, há sempre um abraço apertado ou um carinho mais demorado, há sempre uma dormida de última hora, há sempre a disponibilidade que, às vezes, por motivos vários, os pais não têm. Há sempre!
A bênção de crescer com esta presença é dos nossos filhos e nossa. Podemos ver os nossos pais rejuvenescer. Explico…
Além dos nossos três rapazes, existem mais três crianças muito importantes na nossa família e muito relevantes nesta equação dos avós. Os primos! Ora, quando o avô Valentim foi avô pela primeira vez, da prima mais velha, estava nos seus belos 60 anos e se há memória bem gravada dessa altura, é de o ver de joelhos pelo chão de casa, na brincadeira com a neta, quando tinha começado a gatinhar.
Talvez possamos então voltar um bocadinho à nossa infância, e rever os nossos pais a brincar, a cobrirem-se farinha porque estão a ajudar mãozinhas pequeninas a estender a massa das bolachas, a darem mergulhos de piscina ou de mar como já não faziam há anos, a rirem a bandeiras despregadas com uma tontice qualquer que uma das pestes fez ou disse… Serem colo. Serem abraço. Serem mimo. Serem memórias essenciais, felizes, duradouras e estruturantes.
Mas os avós também são ralhete, e às vezes sério, quando é preciso.
No fundo, queremos apenas dizer que somos verdadeiramente abençoados e agradecidos por esta presença constante e por podermos ser pais assim, vendo os nossos pais serem avós.
Viva os avós!!! Essa instituição que devia ser eterna.