by Paroquia da Amadora | Jun 21, 2025
No próximo fim de semana festejamos os Santos Populares na paróquia. Consulte aqui o programa!
SEXTA-FEIRA 27 JUNHO
20h – INAUGURAÇÃO (CONCERTINAS)
20h30 – Marcha Infantil Marvila Kids
20h30 – PEDRO HENRIQUE
22h – Artista a definir
23h30 – CONTINUAÇÃO PEDRO HENRIQUE
SÁBADO 28 JUNHO
12h – ABERTURA
14h – ANIMAÇÃO MICKEY E MINNIE
17h – MÚSICA AO VIVO
18h – Teclista Luís Cordeiro
22h – HENRIQUE MATOS
23h30 – CONTINUAÇÃO BAILE
0h – ENCERRAMENTO
DOMINGO 29 JUNHO
12h – ABERTURA
15h – CONCERTINAS CARENQUE
16h30 – BAILE VÍTOR GINJA
21h – ENCERRAMENTO
by Paróquia da Amadora | Jun 21, 2025
A Paróquia de Alfragide de está a organizar uma viagem à Grécia de São Paulo, que decorrerá de 31 de agosto a 8 de setembro.
O acompanhamento espiritual estará a cargo do Sr. Pe. Paulo Jorge Coelho
Se estiver interessado/a, queira inscrever-se quanto antes.
Para outras informações contacte:
Paula Gouveia | 96 677 8507 | gouveiapaula55@gmail.com
Padre Fernando Fonseca, SCJ
INSCRIÇÕES devem ser feitas junto da:
Paróquia de Alfragide | 21 472 1014
Paula Gouveia | 96 677 8507 | gouveiapaulaSS@gmail.com
Eulália Vilariça |96 233 6561 | eulaliagaspar@gmail.com
by Sandra Mourisco | Jun 20, 2025
Nas notícias, nas campanhas eleitorais, no café ou em conversas com os nossos amigos e conhecidos, muito se fala e se ouve falar das pessoas que não são portuguesas e vivem em Portugal. Todos vão dando a sua opinião sobre como devemos receber essas pessoas, que direitos devem ter e se são “dignos” de cá viverem. Por vezes, corremos o risco de considerar que os estrangeiros residentes em Portugal estão todos nas mesmas condições e, por isso, geram-se muitos mitos e preconceitos, ouvindo-se muitas vezes dizer: “Imigrantes, refugiados, traficantes, terroristas é tudo a mesma coisa.”
“São conceitos completamente diferentes. Os terroristas e traficantes são criminosos, os imigrantes são pessoas que se deslocam e se fixam em novos lugares, podendo fazê-lo pelas mais variadas razões, nomeadamente a procura de melhores condições de vida. Por sua vez, os refugiados são vítimas que precisam de proteção. Os requisitos que distinguem os refugiados de outras pessoas que se deslocam estão claramente descritos na Convenção de Genebra relativa ao Estatuto de Refugiado, de 1951” [1] e na legislação portuguesa, através da Lei n.º 27/2008, de 30/06, que já foi atualizada seis vezes, sendo a última atualização de 2023 (Lei n.º 53/2023, de 31/08).
Segundo aquela Lei, ser refugiado significa que a pessoa teve que abandonar o país onde vivia porque é perseguida ou é gravemente ameaçada de perseguição, por lutar a favor da democracia, da libertação social e nacional, da paz entre os povos, da liberdade e dos direitos da pessoa humana ou em virtude da sua raça, religião, nacionalidade, convicções políticas ou pertença a determinado grupo social. Muitas vezes, os refugiados enfrentam a morte, perseguições ou graves violações dos direitos humanos nos países de origem e só alguns conseguem sobreviver à fuga.
Qualquer estrangeiro que entre no nosso país nestas condições deverá efetuar o pedido de proteção internacional à Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) ou a qualquer outra autoridade policial.
O Conselho Português para os Refugiados, é uma Organização Não Governamental (ONG) que promove o asilo em Portugal através de apoio social, jurídico, desenvolvimento de projetos e Centros de Acolhimento, mas esta não é a única organização com esta missão e valores.
Aqui ficam alguns contactos para quem é refugiado, para quem quer ajudar alguém ou apenas contribuir para esta causa:
♦ Conselho Português para os Refugiados (https://cpr.pt/)
Quinta do Pombeiro, Casa Senhorial Norte Azinhaga do Pombeiro, s/n, Lisboa – +351 21 831 43 72 – geral@cpr.pt
♦ Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) – Gabinete na Associação Olho Vivo em Queluz
Centro Comercial de Queluz – Avenida António Ennes, n.º 31, 2.º Andar, Queluz (junto à Estação de Queluz/Belas) – +351 214 353 810 – olhovivo.claim.queluz@gmail.com
♦ Serviço Jesuíta aos Refugiados Portugal (https://www.jrsportugal.pt/)
Rua Rogério de Moura, Lote 59, Lisboa – +351 217 552 790 – jrsportugal@jrs.net
♦ Centro Padre Alves Correia (https://www.cepac.pt/atendimento-acompanhamento-social.php)
Rua de Santo Amaro, n.º 43, Lisboa – +351 213 973 030 – geral@cepac.pt
♦ Cruz Vermelha Portuguesa (https://www.cruzvermelha.pt/apoio-social/grupos-vulner%C3%A1veis/migrantes-e-refugiados.html)
Jardim 9 de abril, 1 a 5, Lisboa – + 351 213 913 900 – sede@cruzvermelha.org.pt
♦ APIRP – Associação de apoio a Imigrantes e Refugiados em Portugal (https://apirp.pt/)
Sandra Mourisco
(Assistente Social)
[1] Informação retirada da página do Conselho Português para os Refugiados: https://cpr.pt/mitos/
by Padre Miguel Romão Rodrigues | Jun 19, 2025
Promessas leva-as o vento, assim diz o povo, mas não as de Jesus aos Seus. Essas promessas permanecem, porque Deus é sempre fiel à Sua palavra. Uma das promessas mais bonitas que Jesus nos deixou, antes de regressar para junto do Pai, foi a certeza de que estaria sempre connosco, até ao fim dos tempos. Poderíamos dizer que isto acontece para quem tem fé: Deus está, de facto, presente no meio daqueles que n’Ele crêem, até porque, segundo as palavras de Jesus, onde dois ou três estivessem reunidos em Seu nome, Ele estaria no meio deles.
Acontece que dizer isto, por mais consolador que seja, é ainda dizer pouco — o que nos pode espantar. O que pode, afinal, ser mais maravilhoso ainda do que poder afirmar que Deus, Ele mesmo, está permanentemente presente no meio de nós? Esse é o grande mistério que a Eucaristia encerra: aí, Deus manifesta-Se estando; porém, manifesta-Se também sendo no meio de nós — e isto não é um mero trocadilho de palavras.
A presença de Deus no meio do Seu povo faz-se de muitas formas, tanto no contexto celebrativo como fora dele: na Palavra proclamada, na assembleia reunida, num encontro informal de oração, na brisa suave que passa. Em todos estes sinais reconhecemos, de alguma forma, o cumprimento da promessa de Deus, que é verdadeira e não engana.
Todavia, no centro da celebração eucarística, encontramos Deus sendo no meio de nós: o pão e o vinho consagrados, convertendo-se no Corpo e Sangue de Jesus, são a presença real de Deus no meio do Seu povo. Esta realidade, a que aludimos, não o é em detrimento das restantes formas de presença, também elas reais; porém, é excelente, pela sua plenitude, assim como sacramental.
Depreendemos, assim, que a Fé nos leva a uma visão mais profunda daquilo que nos rodeia, convidando-nos a olhar a realidade de forma nova, mais profunda e mais verdadeira. Adoramos a Deus na Eucaristia porque, pelo conhecimento trazido pela Fé, sabemos que, sob o aspecto do pão e do vinho, Se esconde o nosso Deus, real e verdadeiramente presente no meio de nós. Assim afirmou com clareza São Tomás, no conhecido hino eucarístico que a nós nos chega por meio da Tradição, segundo tradução livre em português: “Faz-se carne, realmente, o que deixa de ser pão.” Traídos pelos nossos sentidos, reconhecemos ainda os sinais do vinho e do pão como tal, apesar de, na sua essência, aquilo que lhes subjaz ser o verdadeiro Corpo e Sangue de Cristo.
A promessa de Jesus aos Seus é, assim, transportada para um significado absolutamente novo e inaudito: Deus está presente no meio de nós, mas é no meio de nós, de forma sublime, no sacramento da Eucaristia. Aí O contemplamos, O adoramos e O recebemos verdadeiramente na nossa própria vida, estabelecendo com Ele uma nova forma de comunhão, ao recebê-l’O por meio das espécies eucarísticas que comungamos.
Que a Fé nos ajude sempre a ver mais longe — essa realidade que sustenta o mundo, mas que pode passar despercebida se dermos primazia à percepção dos nossos sentidos. Como reconhecemos no mistério da Eucaristia, algo de grandioso pode verdadeiramente passar-nos ao lado, simplesmente por optarmos pelas certezas das nossas percepções, em vez de abrirmos o coração ao conhecimento que nos vem de Deus, justamente com a mesma simplicidade e candura com que o fazem os pequeninos. Na verdade, é deles que é o Reino dos Céus.
by Hugo Brito | Jun 18, 2025
“E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer pelo partir do pão.” (Lc 24:35).
O Senhor, após a sua Ressurreição, dá-se a conhecer aos discípulos de Emaús ao partir do pão. É como se já estivesse a antecipar esta Sua solenidade. É neste episódio sobejamente conhecido que está o fundamento teológico e litúrgico desta celebração, que em Portugal tem tanta adesão.
É nesta atualização da sua Ceia, Paixão e Ressurreição que Ele revela o seu projeto para nós – que o comamos para, assim, nos tornarmos sacrários vivos!
Origem
Afinal, onde teve esta celebração a sua origem? A resposta é simples, nasceu no século XIII, mais propriamente em 1265 por ordem do Papa Urbano IV de uma necessidade de reafirmar a verdadeira presença de Cristo no pão e no vinho. Esta necessidade surgiu devido a uma heresia que defendia que a consagração era apenas um ato simbólico (algo que acontece hoje também, mas já lá vamos).
No calendário litúrgico esta é uma celebração móvel, ou seja, depende das outras solenidades. Como tudo o que é data na Igreja, esta celebração está dependente da Páscoa (afinal é daí que nascemos e para lá vamos). Da Páscoa, mais propriamente da celebração que se segue ao término do Tempo Pascal – A Santíssima Trindade (que acontece 60 dias após a festa maior da nossa fé). Assim, a solenidade do Corpo de Deus, como é vulgarmente conhecida, acontece na quinta-feira a seguir à solenidade anteriormente referida.
Porque o celebramos?
É importante celebrar esta solenidade se, afinal, celebramos a Eucaristia todos os dias? A resposta imediata é sim!
Para isso, basta que regressemos à bula que cria esta solenidade. Nela, o Papa Urbano IV, refere que “embora a Eucaristia seja celebrada todos os dias, na nossa opinião, é justo, que, pelo menos uma vez ao ano, se lhe reserve mais honra e mais solene memória” [1]. Não que Ele precise, mas nós sim… A reforçar esta ideia temos ainda o Papa Bento XVI, de boa memória, que nos diz que o mistério eucarístico “é a doação que Jesus Cristo faz de si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem”. [2]
Que sinais especiais temos?
Neste dia, a Igreja recomenda que se realize uma procissão para mostrar ao mundo a face real do Amor de Deus – um pedaço de pão (sempre os sinais, estão lembrados?).
Em Lisboa, cidade em que esta devoção é ainda assinalada, realizamos a procissão do Corpo de Deus, presidida pelo Patriarca, que termina às portas da Sé com a bênção da cidade com o Santíssimo Sacramento.
Quando estas procissões não são possíveis, pelo menos, que se possa deixar o Santíssimo exposto para adoração na custódia para que nós o façamos com toda a solenidade e devoção.
Isto ainda faz sentido?
Diria que nunca, como hoje, fez tanto sentido celebrarmos esta solenidade e vivermos (atualizarmos até) com força o que aqui celebramos. A atestar esta necessidade está uma sondagem feita pelo Pew Forum às dioceses norte-americanas, onde se perguntava aos fiéis se a presença de Cristo na hóstia consagrada é real. A resposta foi esmagadora. Cerca de dois terços dos inquiridos diziam acreditar que o momento da consagração, nada mais é do que simbólico (volvidos mais de 700 anos da bula de Urbano IV) [3].
Ora, isto faz com que se torne necessário, diria até premente, que celebremos e vivamos, de facto, a sempiterna renovação do mistério da Eucaristia nas nossas vidas. Este mistério que se vai renovando e incitando à conversão.
Em suma, nesta celebração saibamos sempre que estamos a viver o amor Dele por nós, que nasceu na criação e se estende até hoje. Saibamos, pois, reconhecer este Amor maior, primeiro, verdadeiro e total.
[1] Bula Transiturus de hoc mundo
[2] Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis
[3] Dom Robert Barron, Isto é o meu Corpo, Ed. Paulus.
by Padre Carlos Jorge | Jun 17, 2025
Quantos exploradores, ao longo dos tempos, se lançaram na fascinante aventura
de alcançarem e embrenharem-se na intelecção da Santíssima Trindade!
No decorrer do percurso acamparam aqui e ali. Em cada paragem, novas perquirições.
E partiam. Mais enriquecidos. Mas sempre incompletos.
No fim do itinerário nenhum deles conseguiu atingir o objectivo.
Devemos ficar surpreendidos?
Escreve Santo Agostinho nas linhas finais da sua obra De Trinitate (Sobre a Trindade):
“Um sábio, no livro que é conhecido com o nome de Eclesiástico, disse ao falar de Ti:
‘Dizemos muitas coisas e não chegamos, e toda a consumação das palavras é Ele.’
Quando, pois, chegamos a Ti,
cessarão estas muitas palavras que dizemos e não chegamos.”
Sim, tal como Agostinho e todos os outros, por mais que avancemos, não chegamos.
“Falamos de Deus. Qual a admiração se não compreendes?” (Santo Agostinho).
Somos buscadores de Deus. Vamos chegando. E zarpando. Mas não desistimos.
Adentramo-nos no Mistério, que não é algo que não se compreende,
mas algo que nunca acaba de se ir compreendendo. Há sempre mais estrada.
Jesus falou-nos d’Ele, do Pai e do Espírito.
O Pai que ama o Filho. O Filho que ama o Pai. O Amor entre o Pai e o Filho.
Num único Amor, Três: o Amante, o Amado, o Amor entre os dois.
Ou seja: 1 + 1 + 1 = 1. A matemática de Deus é diferente da nossa.
Gregório de Nazianzo “baptizou” a ligação e interpenetração das Três Pessoas,
com o termo pericorese, que vem do grego antigo perichōrēsis:
peri (ao redor) e chōreō (dar espaço, mover-se).
Pericorese é o nome de uma dança infantil tradicional.
As crianças, de mãos dadas, bailam num padrão circular.
Uma criança fica no meio, cantando, enquanto as outras giram ao seu redor.
Em certo momento, a criança que está no meio troca com uma da roda.
Deus: Três Pessoas que dançam em volta de si mesmas.
É uma representação metafórica. Mas não é um belo ícone da Santíssima Trindade?
Tudo lá está: comunhão, unidade, cumplicidade, ternura, alegria, liberdade, paz.
E este Deus, Uno e Trino, convida-nos para a sua Dança.
Convoca-nos para viver n’Ele e como Ele.
Rejubila quando conseguimos reproduzir os ritmos da sua coreografia.
O filósofo alemão, Friedrich Nietzsche, escreveu na obra Assim falou Zaratrusta:
“Eu só acreditaria num Deus que soubesse dançar.”
O meu Deus Dança.
Quem quer juntar-se ao Baile?
PCJ
13/6/25