Proposta de Vivência para Advento e Natal

Proposta de Vivência para Advento e Natal

Por estes dias começa a correria para preparar a festa do Natal e, por isso, é importante pararmos e perguntarmos: «Como é que me preparo para o nascimento de Jesus?» Talvez uma maneira simples e eficaz de o preparar é fazermos o presépio.
Diz-nos o Papa Francisco na sua Carta Apostólica “Admirabile signum” sobre o significado do valor do presépio: “
Representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus. De facto, o Presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrir que nos ama tanto, que Se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele.” O presépio é como o Evangelho vivo, leva a Boa Notícia aos lugares onde vivemos: aos lares, às escolas, aos locais de trabalho, aos hospitais, às prisões, às praças… Fazer o presépio significa celebrar a proximidade de Deus. Para a vivência deste Advento e Natal somos desafiados a abrir o nosso quotidiano a Deus, que quis nascer em nós e entre nós, aprofundando o sentido das figuras do presépio, aplicando as suas atitudes ao HOJE da nossa vida, na nossa casa, nas nossas atividades diárias, na VIDA da nossa cidade. Simbolicamente, iremos completar o presépio da nossa Igreja com os gestos que serão propostos cada semana.


ADVENTO — SEMANA I
Esta semana pomo-nos a caminho até ao presépio com Herodes. Quando pensamos no nascimento de Jesus, inevitavelmente, deparamo-nos com a figura de Herodes, o rei da Judeia, um homem que, embora cercado de poder e riqueza, era consumido por inseguranças e medos profundos. Herodes era o representante do Império Romano na região e vivia uma vida de luxo. Mas por dentro, ele era corroído pela desconfiança, pelo medo de perder o seu estatuto. Agarrado ao poder, viu em Jesus um rival, movido pela
inveja, em desespero, foi capaz de cometer as maiores atrocidades. Diz-nos o Papa Francisco: “
O palácio de Herodes aparece muitas vezes como pano de fundo do presépio, onde ele fica fechado, surdo ao jubiloso anúncio.”

Para pensar: Qual é o meu olhar para com a cidade onde moro? De que forma olho para aqueles que vivem na minha cidade, na minha rua? Julgo e maltrato os outros? Afasto-os e quero destruir os seus projetos de vida ou quero incluí-los e torná-los parte do meu caminho?

Gesto: Escrevo o nome da rua onde moro e colo no presépio da minha paróquia.

Ação: Colabora na Campanha de Natal dos Vicentinos, da seguinte forma: traz bacalhau, azeite, óleo, latas de grão, massa, arroz ou açúcar. Deixa-os junto do Presépio ou entrega-os no cartório.

«Que procurais?»

«Que procurais?»

Começamos há poucos dias um novo ano. Que programa temos para o caminho? O autor do quarto Evangelho tem uma proposta irrecusável a fazer-nos para este ano. Convida-nos a redescobrir Jesus que passa, a ir atrás dele, a entrar na casa dele, a partilhar a sua vida e o seu projeto, a interiorizar as suas atitudes fundamentais. Se aceitarmos, espera-nos uma aventura inolvidável, uma experiência profundamente libertadora, um percurso que nos conduzirá a uma Vida de plena realização. Aceitamos o convite?

“Que procurais?” – pergunta Jesus àqueles dois discípulos que ousaram ir atrás dele. A todos nós que nos sentimos insatisfeitos, que não nos conformamos com a mediocridade, que temos sede de mais humanidade e de mais paz, que não estamos dispostos a passar o nosso tempo de vida comodamente refugiados na nossa estéril zona de conforto, que nos questionamos sobre a forma como o nosso mundo está a ser construído, Jesus pergunta também: “Que procurais?” Estamos conscientes de que Jesus é a fonte que pode saciar a nossa sede de Vida? Estamos disponíveis para dar testemunho de Jesus a todos os que vivem perdidos no labirinto da vida e que não sabem como dar sentido à sua existência? 

In site dos Dehonianos