Proposta de Vivência para Advento e Natal | Epifania

Proposta de Vivência para Advento e Natal | Epifania

O nosso percurso ao encontro do Senhor, manifesta-se hoje como luz e salvação para todos os povos através dos Magos. Eles veem a estrela, que simboliza a luz da revelação divina, põem-se a caminho e oferecem presentes a Jesus. Os Magos eram muito atentos aos sinais e no seu íntimo sabiam que Deus lhes mostraria um deles: a estrela. Impulsionados pelo Espírito Santo, põem-se a caminho para ir ao encontro de Jesus e Jesus deixa-se encontrar, deixa-se encontrar sempre por quem O procura, mas, para O encontrar é preciso mover-se, fazer caminho. Para encontrar o Menino é preciso arriscar, mas, ao encontrar aquele Menino, ao descobrir a sua ternura e o seu amor, encontramo-nos a nós mesmos. Jesus está ali para oferecer a vida, os Magos oferecem o que carregavam nas mãos e nos seus corações. O Evangelho está cumprido quando o caminho da vida chega à doação. Dar gratuitamente, por amor do Senhor, sem esperar nada em troca: isto é sinal certo de ter encontrado Jesus, que nos diz “recebeste de graça, dá de graça.” Ele, que se fez pequenino por nós, pede-nos para oferecermos algo pelos seus irmãos mais pequeninos, que são aqueles que não têm com que retribuir. Olhemos as nossas mãos, muitas vezes vazias de amor e procuremos pensar num presente gratuito que possamos oferecer.

Diz-nos o Papa Francisco: “Os Magos ensinam que se pode partir de muito longe para chegar a Cristo: são homens ricos, estrangeiros sábios, sedentos de infinito, que saem para uma viagem longa e perigosa e que os leva até Belém. À vista do Menino Rei, invade-os uma grande alegria. Não se deixam escandalizar pela pobreza do ambiente; não hesitam em pôr-se de joelhos e adorá-Lo. Diante d’Ele compreendem que Deus, tal como regula com soberana sabedoria o curso dos astros, assim também guia o curso da história,
derrubando os poderosos e exaltando os humildes.”

PARA PENSAR: Olhemos as nossas mãos, estão vazias ou cheias de amor? O que tenho eu para dar a quem precisa de amor? Procuro pensar em presentes gratuitos que possa oferecer a alguém? Ofereço sorrisos e abraços? Dou do meu tempo aos outros?

GESTO: Escrevo qual foi o presente mais bonito que recebi e colo no presépio da minha paróquia.

Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz?

Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz?

 

Em primeiro lugar, atentemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em confronto com Jesus: os “magos”, Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo… Diante de Jesus, a “luz salvadora” enviada por Deus, estes distintos personagens assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os “magos”), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados). Com qual destes grupos nos identificamos? Será possível sermos “cristãos praticantes”, andarmos envolvidos nas atividades da comunidade cristã e, simultaneamente, passarmos ao lado das propostas de Jesus? Nós, os que conhecemos as Escrituras, levámo-las a sério quando elas nos desafiam à conversão, ao compromisso, à opção clara pelos valores do Evangelho?

Os “magos” são os “homens dos sinais”, que sabem ver na “estrela” o sinal da chegada da luz libertadora de Deus. Talvez hoje, com toda a pressão que a vida nos coloca, não consigamos ter tempo para olhar para o céu, à procura dos sinais de Deus; talvez a vida nos obrigue a andar de olhos no chão, ocupados em coisas bem rasteiras e materiais… Mas a aventura da existência terá mais cor se arranjarmos tempo para parar, para meditar, para falar com Deus, para escutar as suas indicações, para tentar ler os sinais que Ele vai colocando ao longo do nosso caminho… Talvez a nossa peregrinação pela terra tenha mais sentido se aprendermos a ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus. Vale a pena pensar nisto…

O relato de Mateus sublinha, por outro lado, a “desinstalação” dos “magos”: eles descobriram a “estrela” e, imediatamente, deixaram tudo para procurar Jesus. O risco da viagem, a incomodidade do caminho, o confronto com o desconhecido, nada os impediu de partir. Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, ao nosso comando da televisão, ao nosso computador, à nossa zona de conforto, à nossa segurança, ao nosso comodismo? Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz, muitas vezes através dos irmãos que necessitam da nossa ajuda e do nosso cuidado?

In site dos Dehonianos

Voltámos à vida por “outro caminho”

Voltámos à vida por “outro caminho”

Chegámos. Pouco depois de os Magos terem deixado o lugar onde estava o Menino.
Eles viviam longe. Fizeram-se próximos.
Podiam ter ficado. Mas lançaram-se ao caminho.
Para os ‘buscadores de Deus’, as distâncias não embaraçam nem intimidam.
No instante em que entrámos na casa, uma questão pulou: e presente para Ele?
Era tarde demais para qualquer tipo de solução.
Com as mãos vazias e o coração acanhado, avançámos.
Aproximámo-nos da Criança. Estava ao colo da Mãe. O Pai ao lado dos dois.
Os nossos corações buliam a um ritmo vertiginoso.
E, antes de titubearmos qualquer palavra, ouvimos:
“Shalom! Bem-vindos, amigos!
Sabemos que estão desconsolados por nada trazerem para ofertar.
Mas percebemos que cada um de vós está desejoso de conhecer e amar Jesus.
É possível apresentar melhor dádiva?”
Foram as palavras da Mãe de Jesus…
Abraçámos Maria e José. Beijámos o Menino. Cantámos. Dançámos. Rezámos.
Saímos. Em silêncio. Em paz. Iluminados.
Tínhamos vindo sem presentes. Partíamos com uma Presença.
Fizemo-nos à estrada rumo à nossa terra.
Mas voltámos à vida por “outro caminho”.
Percebes?
Não se passou o mesmo contigo?

P. Carlos Jorge

Jesus, a “luz salvadora” enviada por Deus

Jesus, a “luz salvadora” enviada por Deus

Atentemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em confronto com Jesus: os “magos”, Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo… Diante de Jesus, a “luz salvadora” enviada por Deus, estes distintos personagens assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os “magos”), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados). Com qual destes grupos nos identificamos? Será possível sermos “cristãos praticantes”, andarmos envolvidos nas atividades da comunidade cristã e, simultaneamente, passarmos ao lado das propostas de Jesus? Nós, os que conhecemos as Escrituras, levámo-las a sério quando elas nos desafiam à conversão, ao compromisso, à opção clara pelos valores do Evangelho?

In site dos Dehonianos