Proposta de Vivência para Advento e Natal | Sagrada Família

Proposta de Vivência para Advento e Natal | Sagrada Família

A Sagrada Família é modelo de quem se ajuda mutuamente a descobrir e responder afirmativamente ao plano de Deus. José, Maria e Jesus tinham como fundamento da sua vida o AMOR, experimentado na comunhão sincera, no recolhimento e na oração. Os afectos são sérios, profundos e puros, e o perdão prevalece sobre a discórdia. A dureza diária da vida era suavizada pela ternura mútua e pela serena adesão à vontade de Deus. Abrem-se à alegria de se dar, de se colocar ao serviço, de evangelizar. A Sagrada Família é para todas famílias uma autêntica escola do Evangelho. A família foi designada por Deus a tornar-se uma comunidade de vida e de amor: uma Igreja doméstica que se torna sal da terra, luz do mundo, fermento para toda a sociedade.

Diz-nos o Papa Francisco: “O presépio leva-nos à gruta, onde encontramos as figuras de Maria e de José. Maria é uma mãe que contempla o seu Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo. A sua figura faz pensar no grande mistério que envolveu esta jovem, quando Deus bateu à porta do seu coração imaculado. Ao anúncio do anjo que Lhe pedia para Se tornar a mãe de Deus, Maria responde com obediência plena e total. N’Ela, vemos a Mãe de Deus que não guarda o seu Filho só para Si mesma, mas pede a todos que obedeçam à Sua palavra e a ponham em prática. Ao lado de Maria, em atitude de quem protege o Menino e sua mãe, está São José que desempenha um papel muito importante na vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se cansa de proteger a sua família. José trazia no coração o grande mistério que envolvia Maria, sua esposa, e Jesus; homem justo que era, sempre se entregou à vontade de Deus e pô-la em prática. O coração do Presépio começou a palpitar, quando colocámos, no Natal, a figura do Menino Jesus.  Assim Se nos apresenta Deus, num menino, para fazer-Se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma.”

PARA PENSAR: Respeito os meus familiares, os meus filhos, os meus pais e irmãos? Protejo-os do que os possa magoar ou pôr em perigo? Respeito as diferenças que possam surgir entre as diferentes gerações ou insurjo-me contra os mais jovens ou mais idosos? Sou afectuoso e gentil e transformo a minha casa num lar onde reina a paz? Apoio a família nas dificuldades ou demito-me das responsabilidades?

GESTO: Escrevo o meu nome de família, o meu apelido, e colo no presépio da minha paróquia.

Proposta de Vivência para Advento e Natal | Semana IV

Proposta de Vivência para Advento e Natal | Semana IV

Os pastores eram considerados impuros. As condições de vida a que estavam sujeitos, os lugares onde eram obrigados a permanecer, impediam-nos de cumprir as prescrições e os rituais de purificação religiosa. Neles tudo gerava desconfiança, mas é nos pastores que vemos a alegria que somos convidados a partilhar, celebrar e anunciar. Deus na sua infinita misericórdia abraça-nos – pagãos, pecadores e estrangeiros – e impele-nos a fazer o mesmo. Os pastores ensinam-nos que para encontrar Jesus é necessário saber erguer o olhar para o céu, não estar fechado em si mesmo, no próprio egoísmo, mas ter o coração e a mente abertos ao horizonte de Deus, para saber acolher e responder com prontidão e generosidade ao Seu projecto para nós. Jesus é a linha directa do amor: isto mesmo compreenderam e experimentaram os pastores naquela noite, eles que se contavam entre os marginalizados de então. O convite dos pastores a cada um de nós é o de irmos confiadamente ter com Jesus a partir daquilo em que nos sentimos marginalizados, a partir dos nossos limites, a partir dos nossos pecados. Levemos a Jesus aquilo que somos, as nossas marginalizações, as nossas feridas não curadas, os nossos pecados. Assim, saborearemos o verdadeiro espírito do Natal: a beleza de sermos amados por Deus.

Diz-nos o Papa Francisco: “Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer» (Lc 2, 15): assim falam os pastores, depois do anúncio que os anjos lhes fizeram. É um ensinamento muito belo, que nos é dado na simplicidade da descrição. Ao contrário de tanta gente ocupada a fazer muitas outras coisas, os pastores tornam-se as primeiras testemunhas do essencial, isto é, da salvação que nos é oferecida. São os mais humildes e os mais pobres que sabem acolher o acontecimento da Encarnação. A Deus, que vem ao nosso encontro no Menino Jesus, os pastores respondem, pondo-se a caminho rumo a Ele, para um encontro de amor e de grata admiração. É precisamente este encontro entre Deus e os seus filhos, graças a Jesus, que dá vida à nossa religião e constitui a sua beleza singular, que transparece de modo particular no Presépio.”

PARA PENSAR: Os pastores permanecem vigilantes, aguardam acordados, e eu? Ignoro o que se passa ao meu redor e fujo para não ter de me envolver e ter trabalho? Confio, espero e desejo que Deus chegue à minha vida ou acho que tudo depende apenas das minhas próprias forças e meios e deixo de acreditar? O meu coração está fechado ao anúncio ou permanece aberto à luz de Deus? Os pastores movem-se, arriscam por Deus mesmo sem grande habilidade para falar anunciam que nasceu, e eu, levanto-me e vou anunciar que é o Natal de Jesus?

GESTO: Escrevo o nome de alguém a quem vou visitar neste Natal e colo no presépio da minha paróquia.

AÇÃO: Colabora com os Vicentinos trazendo qualquer um dos géneros que sugerimos nas semanas anteriores. Podes deixá-los junto ao Presépio ou no cartório.