Proposta de Vivência para Advento e Natal | Semana IV

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Os pastores eram considerados impuros. As condições de vida a que estavam sujeitos, os lugares onde eram obrigados a permanecer, impediam-nos de cumprir as prescrições e os rituais de purificação religiosa. Neles tudo gerava desconfiança, mas é nos pastores que vemos a alegria que somos convidados a partilhar, celebrar e anunciar. Deus na sua infinita misericórdia abraça-nos – pagãos, pecadores e estrangeiros – e impele-nos a fazer o mesmo. Os pastores ensinam-nos que para encontrar Jesus é necessário saber erguer o olhar para o céu, não estar fechado em si mesmo, no próprio egoísmo, mas ter o coração e a mente abertos ao horizonte de Deus, para saber acolher e responder com prontidão e generosidade ao Seu projecto para nós. Jesus é a linha directa do amor: isto mesmo compreenderam e experimentaram os pastores naquela noite, eles que se contavam entre os marginalizados de então. O convite dos pastores a cada um de nós é o de irmos confiadamente ter com Jesus a partir daquilo em que nos sentimos marginalizados, a partir dos nossos limites, a partir dos nossos pecados. Levemos a Jesus aquilo que somos, as nossas marginalizações, as nossas feridas não curadas, os nossos pecados. Assim, saborearemos o verdadeiro espírito do Natal: a beleza de sermos amados por Deus.

Diz-nos o Papa Francisco: “Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer» (Lc 2, 15): assim falam os pastores, depois do anúncio que os anjos lhes fizeram. É um ensinamento muito belo, que nos é dado na simplicidade da descrição. Ao contrário de tanta gente ocupada a fazer muitas outras coisas, os pastores tornam-se as primeiras testemunhas do essencial, isto é, da salvação que nos é oferecida. São os mais humildes e os mais pobres que sabem acolher o acontecimento da Encarnação. A Deus, que vem ao nosso encontro no Menino Jesus, os pastores respondem, pondo-se a caminho rumo a Ele, para um encontro de amor e de grata admiração. É precisamente este encontro entre Deus e os seus filhos, graças a Jesus, que dá vida à nossa religião e constitui a sua beleza singular, que transparece de modo particular no Presépio.”

PARA PENSAR: Os pastores permanecem vigilantes, aguardam acordados, e eu? Ignoro o que se passa ao meu redor e fujo para não ter de me envolver e ter trabalho? Confio, espero e desejo que Deus chegue à minha vida ou acho que tudo depende apenas das minhas próprias forças e meios e deixo de acreditar? O meu coração está fechado ao anúncio ou permanece aberto à luz de Deus? Os pastores movem-se, arriscam por Deus mesmo sem grande habilidade para falar anunciam que nasceu, e eu, levanto-me e vou anunciar que é o Natal de Jesus?

GESTO: Escrevo o nome de alguém a quem vou visitar neste Natal e colo no presépio da minha paróquia.

AÇÃO: Colabora com os Vicentinos trazendo qualquer um dos géneros que sugerimos nas semanas anteriores. Podes deixá-los junto ao Presépio ou no cartório.

21/12/2024
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Etiquetas: 2024 | Advento | semana IV

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