Luta contra a pobreza

Luta contra a pobreza

Já nos habituámos às campanhas de recolha de alimentos do Banco Alimentar nos meses de maio e dezembro, pelos supermercados de todo o país. Estas campanhas são as mais conhecidas e mediáticas, mas outras organizações, às vezes, também as fazem, como, por exemplo, a Cruz Vermelha Portuguesa.

O olhar do cidadão comum sobre este tipo de iniciativas varia. Há pessoas mais solidárias que, com vontade e ânimo, contribuem com o que podem. Outras, com alguma desconfiança, também oferecem alguns bens. Algumas, muito desconfiadas e até descrentes relativamente à finalidade dos alimentos, não dão nenhum contributo.

Afinal, o objetivo é garantir o direito à alimentação das pessoas mais carenciadas, que está contemplado no Artigo 25.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nem sempre este direito é garantido, mesmo para quem trabalha, já que em Portugal uma em cada dez pessoas que trabalham está em situação de pobreza[1].

A verdade é que ainda há muitas pessoas em Portugal que vivem em situação de pobreza, especialmente crianças e idosos. Em 2023, em Portugal, 17,8% de crianças e jovens, 14,4% de pessoas adultas e 21,1% de idosos viviam em situação de pobreza[2].

Em Portugal, uma pessoa que viva com menos de 632 €/mês está em risco de pobreza[3], ou seja, está privada das condições de acesso a uma vida digna.

São valores que nos devem fazer pensar!

 

Se precisa de ajuda ou conhece alguém que precise, atente nestas orientações:

  • Dirija-se à Junta de Freguesia da zona onde vive e peça o agendamento de um atendimento social

Junta de Freguesia da Venteira – Rua 1.º de Maio, n.º 39 A – 21 498 55 80 e 934943549 – geral@jfventeira.pt
Junta de Freguesia Mina de Água (Mina) – Avenida Movimento das Forças Armadas n.º 16 – 21 493 20 35 – geral@jf-minadeagua.pt
Junta de Freguesia Mina de Água (S. Brás) – Praceta Moinho da Boba, n.º 10 C e D – 21 498 69 80
Junta de Freguesia Mina de Água (Delegação Carenque) – Estrada das Águas Livres, n.º 168 A/B – 214 063 206

 

Se gostava de ajudar, também aqui ficam algumas sugestões:

  • Campanha de recolha de alimentos pelo Banco Alimentar – nos próximos dias 31 de maio e 1 de junho (no LIDL da Venteira e Continente Bom Dia)
  • Sociedade de S. Vicente de Paulo (Vicentinos) na Amadora – Rua da Venteira, n.° 12 A (perto da igreja), de 2.ª a 6.ª das 14h às 18h
  • Consignar 1% do IRS a uma Instituição de Solidariedade Social, colocando o NIF quando estiver a preencher o IRS (não terá custos acrescidos)

 

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[1] Fonte: PORDATA no âmbito do dia Internacional para a Erradicação da Pobreza em 2024
[2] Fonte: INE, ICOR 2022-2024
[3] Fonte: INE

Abril, mês internacional da prevenção dos maus-tratos na infância

Abril, mês internacional da prevenção dos maus-tratos na infância

Abril é o mês internacional da prevenção dos maus-tratos na infância, uma campanha que nasceu nos EUA em 1989, quando uma mulher norte-americana (Bonnie Finney), amarrou uma fita azul na antena do carro, em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus-tratos por parte da mãe e do namorado desta. Escolheu a fita azul porque o neto apresentava nódoas azuladas por todo o corpo.

Esta campanha expandiu-se por muitos países, inclusivamente em Portugal, que utiliza o Laço Azul como símbolo e tenta sensibilizar a população em geral para este flagelo.

Qualquer criança ou jovem pode ser vítima de violência, seja ela física, psicológica ou sexual, presencialmente ou online, independentemente da sua idade, sexo ou estatuto social e económico. Estes comportamentos ameaçam a segurança, dignidade e desenvolvimento biopsicossocial e afetivo da criança ou jovem e têm impactos na sua vida presente e futura.

Por isso é importante TODOS estarmos atentos e quando observamos algo que não nos parece adequado, podemos procurar ajuda, esclarecimento ou denunciar junto da Comissão de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da nossa área de residência.

Esta Comissão irá avaliar se é ou não uma situação que ponha em perigo a segurança, a saúde, a educação ou o desenvolvimento da criança ou jovem, até aos 18 anos. É importante salientar que as crianças e jovens não são afastados das suas famílias, sem uma avaliação cuidadosa da situação e em Portugal é uma medida de último recurso.

Aqui ficam alguns contactos úteis caso tenha dúvidas ou precise de ajuda sobre este assunto.

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Amadora

Tel.  21 436 90 96
Morada-Rua Ernesto Melo Antunes, n.º8 – 4.º A

Outros contactos

Linha SOS Criança — 116 111
Linha de Apoio à Vítima (das 8h-23h) — 116 006
Instituto de Apoio à Criança (IAC) — https://iacrianca.pt/
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) — https://apav.pt/

Sandra Mourisco
(Assistente Social)