A misericórdia de Deus poderá resgatar de uma vida suja

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A parábola do fariseu e do publicano não é sobre viver bem ou viver mal, realizar boas obras ou realizar más obras, ter comportamentos corretos ou ter comportamentos incorretos em relação à Lei religiosa, ou civil; mas é sobre a atitude do homem — de qualquer homem, independentemente das suas ações — face a Deus. Um dos protagonistas — aquele que pertence ao partido dos fariseus — apresenta-se diante de Deus cheio de si próprio, seguro dos seus méritos, plenamente satisfeito com aquilo que é. A sua atitude diante de Deus é de orgulho e de autossuficiência: ele não precisa dos favores de Deus, pois tem feito tudo aquilo que lhe compete fazer e ainda mais. O outro — o cobrador de impostos — sente-se indigno e pecador, pois sabe que a sua vida está marcada pela ganância e pelas inúmeras injustiças que cometeu contra os seus irmãos. Está consciente de que só a misericórdia de Deus o poderá resgatar de uma vida suja e maldita. Reconhece a sua fraqueza e coloca-se humildemente nas mãos de Deus. Jesus, ao contar esta parábola, deixa claro qual é a atitude que o verdadeiro crente deve assumir diante de Deus. Independentemente das nossas boas ou más ações, com qual destes homens nos identificamos? Quando nos apresentamos diante de Deus e Lhe falamos da nossa vida, o que Lhe dizemos? Sentimos que a balança que contém os nossos méritos e os nossos débitos está claramente inclinada a nosso favor? Ousamos lembrar a Deus o nosso “comportamento exemplar” (que nem sempre é assim tão exemplar) e ficamos à espera que Ele nos pague convenientemente? 

In site dos Dehonianos