A autoestrada prolonga-se no horizonte quando abrimos os olhos, são cinco da manhã.
Pausa! Casa de banho, esticar as pernas, voltar a sentar e tentar dormir!
Estamos quase a chegar. Mais uma pausa para pequeno-almoço e chegamos à zona de descarga das credenciais do Jubileu.
Batem as oito e um quarto! Hora de desmontar do autocarro e carregar a mala para de onde não se vai mexer nos próximos seis dias.
Calhou-nos uma escola primária, ao nosso lado temos novos vizinhos, partilhamos o chão com as paróquias de Mafra e da Malveira.
Arrumar, montar e arrumar mais, é a tarefa da manhã. De credenciais ao peito obtemos os vales das refeições pelo smartphone.

© Nuno MC
Almoço na barriga, mala às costas, paragem de autocarro! Começa agora a nossa aventura por Roma! Estamos no metro, no meio das cantorias e peregrinos, um carrinho de bebé, “Todos os patinhos” é cantado baixinho pelas carruagens! E puff chegámos à paragem “Ottaviano S. Pietro”, perto da praça de São Pedro.
Temos pela frente o sol quente da tarde, enquanto surfamos num mar de gente até conseguir chegar ao checkpoint de segurança para entrar na praça de S. Pedro.
Água à vista, uma das muitas fontes espalhadas por Roma, hora de hidratar e descansar à sombra durante um bom tempo até à hora da missa.
São 19h, começa a Missa de abertura do Jubileu dos Jovens. Não é presidida pelo Papa Leão, mas pelo Mons. Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização e encarregado da organização do Jubileu 2025. Somos cerca de 100 mil pessoas. No fim, uma surpresa!
Aparece no ecrã gigante o Papa Leão a dar voltas pela praça e pelo meio da multidão. A energia das pessoas mudou completamente, era uma autêntica rock star, o nosso Papa! Deixou-nos uma mensagem de esperança e paz: “Digamos todos: Queremos a paz no mundo!” [1]

© Nuno MC
A adrenalina começa a diminuir e a multidão desaparece pelas ruas de Roma. Os cafés e restaurantes enchem-se de peregrinos esfomeados, e nós não somos exceção. Corremos as ruas à procura de sítio para consolar o estômago: “Sai uma carbonara tradicional para 37!”

© Nuno MC
Saciados voltamos ao alojamento, mas não antes de andarmos às turras com as paragens dos autocarros de Roma. Lá encontrámos o nosso transporte, mal sabíamos que íamos ter uma viagem inesquecível: fomos passageiros do primeiro rally bus do mundo, o autocarro N716 (sentido Laurentina). Que viagem, um autêntico rally, curvas e contracurvas pelas ruas de Roma, parecia uma montanha-russa!
Para nos entretermos cantámos a bom pulmão todas as canções tugas que nos vêm no coração!
Chegados ao alojamento, banhos e dormir que amanhã temos encontro marcado na Basílica de São Paulo Fora de Muros, com a missa dos portugueses.
[1] https://www.instagram.com/p/DMtIunHpKik/