by Sofia e Paulo | Jul 3, 2025
É tão bom quando temos a valiosa oportunidade de ter connosco os nossos pais a ajudarem no crescimento dos nossos filhos!
Na nossa família, a presença dos avós nas suas vidas sempre foi mais do que simples apoio logístico. O amor que dedicam aos seus netos é imenso e ajuda-os (também) na formação da sua personalidade (pela regulação de atitudes e comportamentos sob olhar atento e vigilante), nas experiências diferentes que lhes proporcionaram (seja uma sessão de croché, acompanhar “com as mãos na massa” as vindimas na terra, ensinar a andar de bicicleta, a rezar uma oração tradicional na família, ler uma história ou a jogar crapô, fazer pão, plantar searinhas para o Natal, montar uma pista ou jogar futebol) e que (também) os modelou enquanto pessoas.
O Papa Francisco disse, a 26 de julho de 2024, que teve “a graça de crescer numa família onde a fé se vivia de forma simples e concreta, mas foi sobretudo a minha avó, mãe do meu pai, que marcou o meu caminho de fé”. E conta como a avó Rosa lhe anunciou que Jesus vive, que ressuscitou.
Também na nossa vida a avó Leopoldina e a avó Laura tiveram uma presença especial. Talvez por terem ficado por mais tempo connosco. E a avó Floripes, o avô Gouveia, o avô Rosado, o avô Aníbal igualmente nos ajudaram a crescer. E essas nossas vivências puderam moldar-nos enquanto pessoas, e depois enquanto pais, para proporcionarmos aos nossos filhos esse tempo de avôs e avós tão importante. Não é só “passar férias” com os avós: é acolher os netos e partilhar com eles momentos inesquecíveis que eles guardarão no coração para sempre. Tal como nós guardamos dos nossos. Sabemos que o Santiago, a Verónica e o Mateus guardam memórias valiosas sobre o avô Acácio, a avó Augusta, o avô Fernando e a avó Lígia. E esse enriquecimento afetivo proporcionado pelos avós estrutura (também) emocionalmente.
“Na velhice, não me abandones” (Sl 71,9), era o tema do Dia Mundial dos Avós no ano passado. Este ano, a 4 de fevereiro de 2025, o Papa Francisco anunciou que a Igreja Católica celebra no dia 27 de julho (domingo), a frase bíblica “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”.
“No Ano Jubilar, o Dia [Mundial dos Avós e dos Idosos] pretende ser uma oportunidade para refletir sobre a forma como a presença dos avós e dos idosos se pode tornar um sinal de esperança em cada família e comunidade eclesial”, informou o Vaticano, em comunicado.
O Papa Francisco escolheu como tema para o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos uma frase do livro bíblico do Eclesiástico: – “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança” (cf. Sir 14, 2).
“Estas palavras exprimem a bem-aventurança dos idosos e indicam na esperança depositada no Senhor o caminho para uma velhice cristã e reconciliada”, acrescenta o comunicado publicado na sala de imprensa da Santa Sé.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida renova o convite do Papa Francisco para “todos” celebrarem o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos 2025 “em cada diocese” e dedicar as celebrações desse domingo, dia 27 de julho, “aos idosos, promovendo visitas e oportunidades de encontro entre gerações”.
O Papa Francisco anunciou a instituição do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, em 2021, iniciativa anual a ser realizada no quarto domingo de julho, junto da celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho).
“Os avós, tantas vezes, são esquecidos e esquecemos esta riqueza de cuidar das raízes e transmiti-las”, referiu Francisco, no dia 31 de janeiro de 2021. (https://agencia.ecclesia.pt/portal/vaticano-papa-escolheu-tema-para-o-dia-mundial-dos-avos-e-dos-idosos-2025-ligado-a-esperanca/)
Celebremos!
by Carlos Sampaio | Jun 11, 2025
Elaborar o orçamento ajuda-nos a planear rendimentos e despesas, a gerir os rendimentos e controlar as despesas, a cumprir objetivos de poupança.
O rendimento corresponde ao “dinheiro que se ganha”, por exemplo, mesada/semanada; salário de um trabalhador por conta de outrem (professor, enfermeiro, polícia, etc.); rendimento de um trabalhador por conta própria (empresário, arquiteto, advogado, etc.); subsídio de desemprego; reforma de um pensionista; rendas de um proprietário de imóveis; juros de um aforrador/investidor (por exemplo, de depósitos e outras aplicações financeiras).
As despesas correspondem ao “dinheiro que se gasta”. Podemos distinguir entre:
a) despesas necessárias, aquelas de que necessitamos para assegurar a nossa sobrevivência ou a vida em sociedade, com, por exemplo: alimentação, vestuário, eletricidade, água, gás, transportes, livros escolares;
b) despesas supérfluas, ou seja, despesas com coisas que gostamos (desejos) mas que podemos viver sem elas, como, por exemplo: viajar, roupa de marca, tablet, concerto de banda conhecida.
Para gerirmos corretamente o nosso dinheiro, que é limitado, devemos satisfazer, em primeiro lugar, as nossas necessidades – querer é diferente de ter. Há, no entanto, certos desejos que consideramos importantes e que podemos satisfazer. Para isso, temos de fazer escolhas, graças às poupanças feitas com esforço e, até, sacrifício.
O que é um orçamento?
Um plano cuidado para gastar dinheiro recebido num certo período de tempo.

O importante é que não se pode gastar mais do que aquilo que se recebe. É assim que se consegue poupar. Depois de se pagarem as despesas necessárias, que não podemos dispensar, põe-se sempre de parte uma quantia destinada a despesas inesperadas, motivadas por qualquer situação imprevista – obras de emergência na casa, uma doença, etc. ou para irmos fazendo as nossas economias. Além disso, não nos podemos esquecer de que os nossos rendimentos podem sofrer quebras inesperadas.
Visite o site abaixo e preencha mensalmente o seu orçamento familiar:
https://www.todoscontam.pt/simuladororcamentofamiliar
by Daniela e Nuno Pássaro | Mai 29, 2025
«A Alegria do Amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja.» Estas são as primeiras palavras da exortação apostólica Amoris Laetitia escrita pelo “nosso” Papa Francisco e apresentada no ano 2016, em pleno Jubileu extraordinário da Misericórdia. Será uma coincidência que uma exortação apostólica sobre a Alegria trazida pelo Amor na família seja apresentada num tempo favorável de vivência da Misericórdia ou haverá algo mais profundo que une estas duas realidades?
Como em tantos outros aspetos durante o seu pontificado, o que o Papa Francisco nos “oferece” na exortação apostólica Amoris Laetitia é a certeza de que as revoluções que mais importam – as do coração – não usam de força nem da violência. Estas não gritam nem se exibem, mas fazem-se de dentro para fora e por meio da ternura e do acolhimento. Neste documento, Francisco fala-nos de como o Amor vivido nas famílias faz destas pequenas “células da sociedade” autênticos agentes de mudança. Uma mudança que poderá transformar a Igreja numa Igreja Renovada, aberta a todos e «em saída», que atua e constrói (n)o Mundo e faz dele uma verdadeira «Casa Comum», onde não há espaço para sobrantes nem descartados, mas onde todos têm o seu lugar.
Nesta encíclica, o Papa Francisco descreve a situação atual das famílias, relembra alguns aspetos da doutrina da Igreja sobre o matrimónio e a família, fala-nos sobre o Amor conjugal e na família, aponta-nos o plano de Deus materializado em caminhos pastorais que poderão levar à construção de famílias fecundas e, por fim, lança um olhar misericordioso e convida ao discernimento face a situações que «(…) não correspondem plenamente ao que o Senhor nos propõe» (cf. Amoris Laetitia, n.º 6). O que mais nos impressiona é que a Misericórdia atravessa todas as páginas desta encíclica. Nela, o Papa Francisco consegue “olhar” para a realidade concreta das famílias de hoje sem a ignorar ou “mascarar”, mas também sem a diminuir e reconhecendo as suas potencialidades. Para além desta descrição da realidade, Francisco fala-nos do plano de Deus para a família e apresenta-o como horizonte e meta e nunca como “espartilho moral” que sufoca. Mais do que sublinhar a distância entre a realidade e o projeto de Deus, Francisco enaltece a aproximação que pode ser feita entre os dois.
A propósito desta forma misericordiosa de olhar, partilhamos um aspeto que nos marcou na leitura da Amoris Laetitia e que, de alguma forma, molda a nossa vivência em casal e em família. Poderíamos chamar-lhe «cuidado com o amor perfeito!».
Pois bem, se no início de uma relação, há “borboletas na barriga” porque tudo o que estamos a viver é novo e estamos em plena fase de paixão, à medida que o tempo passa, o relacionamento vai transformando-se, e o “entusiasmo inicial” constante vai esmorecendo. Isto é necessariamente mau? Achamos que não! Assim como qualquer organismo vivo, também uma relação amorosa muda. Porque a realidade e as circunstâncias mudam (exemplo: convivência conjunta; chegada dos filhos; alterações profissionais; o estado de saúde, …), e apesar de, na essência, sermos as mesmas pessoas, a relação vai acompanhando esta dinâmica. Se as “borboletas na barriga” desaparecem? Não! Apenas não acontecem a “toda a hora”. No entanto, é importante continuar a cultivar momentos «a dois» para, no meio da rotina, não nos “perdermos” um do outro e recordarmos o que nos uniu e continua a unir.
Com o passar dos anos e mantendo vivos o diálogo e o cuidado do outro, constroem-se novos sentimentos como o companheirismo e a sensação de paz e estabilidade. Tudo isto é muito pouco romântico, à partida, e diametralmente diferente do que a publicidade apregoa sobre o amor. No entanto, também aqui, somos convidados, mais uma vez, a olhar com Misericórdia:
«(…) É mais saudável aceitar com realismo os limites, os desafios e as imperfeições, e dar ouvidos ao apelo para crescer juntos, fazer amadurecer o amor e cultivar a solidez da união, suceda o que suceder». (cf. Amoris Laetitia, n.º 135).
Porque, no fundo:
«O amor de amizade unifica todos os aspetos da vida matrimonial e ajuda os membros da família a avançarem em todas as suas fases. Por isso, os gestos que exprimem este amor devem ser constantemente cultivados, sem mesquinhez, cheios de palavras generosas.» (cf. Amoris Laetitia, n.º 133).
A Amoris Laetitia reforça a convicção de que mais do que “famílias exemplares” com pessoas e relações “perfeitas”, precisamos (nós, a Igreja e o Mundo) de famílias cujos membros se olhem com Misericórdia. Assim, descobrimos que a verdadeira Alegria do Amor na família é sabermo-nos acolhidos porque somos continuamente alvo de Misericórdia.
Daniela e Nuno Pássaro
by Sofia e Paulo | Mai 3, 2025
Diz-se que se valoriza a presença depois da ausência… Foi o que experienciámos durante a semana santa, em que recebemos o nosso Santiago, após pouco mais de um mês de Erasmus na Europa.
Em família acolhemo-lo, quando as saudades já apertavam bem os corações de pais e de manos… é que não tarda volta para lá, para mais três meses de ausência…
As rotinas vão desenhando os nossos dias e acabamos por vivê-los numa azáfama que vai colorindo a correria em que vivemos. No entanto, aquele conforto, aquele olhar, aquela conversa, aquele momento partilhado dá sentido às nossas vidas de uma forma profunda e marcante.
Desta vez, descobrimos que a tocar viola e a cantar todos juntos sentimo-nos mais próximos e aprendemos a conhecer-nos ainda mais e melhor! Foram momentos muito intensos e muito agradáveis. Partilhas em família, não só de notas, acordes e vozes, mas também de preferências musicais e descoberta de estilos e sensibilidades…
E é tão bom partilhar assim as vidas uns dos outros!
Percebemos, uma vez mais, como os pequenos gestos do quotidiano podem ter um impacto profundo na nossa vivência familiar. Uma refeição partilhada, um passeio ao fim da tarde, ou até uma simples troca de olhares durante uma canção criam laços que se tornam alicerces da nossa fé e da nossa identidade como família cristã. Nesta Páscoa, ao celebrarmos a Ressurreição, sentimos também um renascer no seio da nossa casa — uma renovação da esperança, do amor e da união.
É nestes momentos que entendemos melhor o verdadeiro significado da presença: estar com o outro de corpo e alma, escutando, compreendendo, acolhendo. A ausência ensina-nos a valorizar, mas é a presença que edifica. Reforçámos também o nosso compromisso com os valores que nos unem: a partilha, a escuta, o perdão e a gratidão.
Que o nosso testemunho possa inspirar outras famílias da paróquia a viverem com mais intensidade os seus encontros, a fazerem da fé um pilar nas suas casas e a descobrirem, mesmo nas rotinas diárias, oportunidades de crescer em comunhão.
Porque, no fundo, ser família é isto: caminhar juntos, guiados pelo Amor maior que é Cristo.
by Paróquia da Amadora | Fev 9, 2025
No próximo dia 11 de fevereiro, terça-feira, decorrerá a partir das 21h, no Seminário de Nossa Senhora de Alfragide, uma mesa redonda subordinada ao tema: A pessoa doente na família.
A participação é gratuita.
by Paróquia da Amadora | Dez 27, 2024
A “fuga” de Jesus ao controle de Maria e de José para ficar em Jerusalém a escutar os mestres da Lei que ensinavam nos átrios do Templo parece-nos desconcertante, no contexto de um projeto familiar maduro, responsável e harmonioso. Configura uma “crise” familiar? Não. Mas revela uma realidade: na Sagrada Família de Nazaré, Deus é a prioridade. Jesus, pelos doze anos, já estava bem ciente disso. Foi algo que, com toda a certeza, Maria e José ensinaram ao jovem Jesus. Por isso, em Jerusalém, “encantado” com a possibilidade de aprofundar os seus conhecimentos sobre a Palavra de Deus, Jesus deixou-se ficar no Templo. Deus tem um lugar central no projeto de vida da Família de Nazaré. Que importância é que Deus assume na vida das nossas famílias? Deus é a prioridade, a referência suprema? Nas nossas famílias cuida-se da fé e da sua vivência? Aprende-se a rezar? Procura-se que cada pessoa cresça numa progressiva sensibilidade à Palavra de Deus e aos desafios de Deus? Encontramos tempo para reunir a família à volta da Palavra de Deus e para partilhar, em família, a Palavra de Deus?
Jesus tinha doze anos quando foi a Jerusalém em peregrinação para celebrar a Páscoa. Maria e José quiseram que Jesus, desde muito novo, participasse nos grandes momentos da celebração da fé do seu Povo. Consideraram que isso fazia parte da sua responsabilidade enquanto pais profundamente crentes. Nas nossas famílias cristãs há normalmente uma legítima preocupação com o proporcionar a cada criança condições ótimas de vida, de educação, de acesso à instrução e aos cuidados essenciais… Haverá sempre uma preocupação semelhante no que diz respeito à formação para a fé e em proporcionar aos filhos uma verdadeira educação para a vida cristã e para os valores de Jesus Cristo? Os pais cristãos preocupam-se sempre em proporcionar aos seus filhos um exemplo de coerência com os compromissos assumidos no dia do Batismo? Preocupam-se em ser os primeiros catequistas dos próprios filhos, transmitindo-lhes os valores do Evangelho? Preocupam-se em acompanhar e em potenciar a formação e a caminhada catequética dos próprios filhos, em inseri-los numa comunidade de fé, em integrá-los na família de Jesus?
In site dos Dehonianos