Igreja não precisa de burocratas mas de missionários
14 Agosto 2016
Domingo, 14 de agosto – Angelus com o Papa na Praça de São Pedro. Da janela do Palácio Apostólico, Francisco falou do fogo do Espírito Santo e recordou os sacerdotes e religiosos que vivem em missão e dedicam a sua vida ao anúncio do Evangelho.
O Santo Padre referiu-se ao Evangelho deste XX Domingo do Tempo Comum proposto por São Lucas que nos conta os “ensinamentos de Jesus dirigidos aos discípulos ao longo da subida até Jerusalém onde o espera a morte de cruz” – disse o Papa que recordou que Jesus se serve de três imagens para indicar o propósito da sua missão: o fogo, o batismo e a divisão. Francisco falou nesta sua mensagem do fogo.
O Papa lembrou as palavras de Jesus: “Vim trazer fogo sobre a terra e como gostaria que já fosse aceso”. O fogo de que fala Jesus – disse o Santo Padre – “é o fogo do Espírito Santo, presença viva e operante em nós desde o dia do nosso Batismo” e que “purifica e renova, queima cada humana miséria, cada egoísmo, cada pecado” e é o Espírito Santo que nos dá o “fervor para anunciar, a todos, Jesus e a sua consoladora mensagem de misericórdia” – afirmou o Papa. E a Igreja precisa do Espírito Santo:
“… a Igreja tem necessidade da ajuda do Espírito Santo para não se deixar travar pelo medo e pelo calculismo, para não habituar-se a caminhar nos limites seguros. A coragem apostólica que o Espírito Santo acende em nós como um fogo ajuda-nos a superar os muros e as barreiras, torna-nos criativos e leva-nos a metermo-nos em movimento para caminhar também sobre estradas inexploradas ou incómodas, oferecendo esperança a quantos encontramos.”
E o Papa Francisco recordou com admiração todos os “sacerdotes e religiosos que em todo o mundo se dedicam ao anúncio do Evangelho” muitas vezes com o custo da sua vida:
“ O seu exemplar testemunho recorda-nos que a Igreja não tem necessidade de burocratas e de diligentes funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo ardor de levar a todos a consoladora palavra de Jesus e a sua graça.”
O Papa recordou o mártir da caridade, o padre Maximiliano Kolbe, sacerdote polaco que morreu no campo de concentração de Auschwitz na Segunda Guerra Mundial e cujo dia se celebra neste domingo.
Após a oração do Angelus o Papa Francisco saudou os fiéis presentes na Praça, em particular, os escuteiros vindos de Paris e ainda os muitos jovens vindos de várias cidades italianas.
A todos desejou um bom domingo e um bom almoço!
(RS)
In Rádio Vaticano