“Guardar a Fé – Guardar o outro”
12 Outubro 2013
(Semana Nacional da Educação Cristã)
«A expressão é do Papa Francisco. Pelo seu sentido e alcance foi escolhida para lema da Semana Nacional da Educação Cristã (…). Todos são chamados a reconhecer a fé como dom inestimável de Deus para connosco que não se pode separar do amor e da atenção aos outros, crentes ou não crentes, concidadãos ou estrangeiros. Dom de Deus recebido deve ser sempre comunicado e partilhado. Só poderá ser, se for proposto de forma viva, traduzindo a fé no testemunho das boas obras e da vida cristã que nascem da fé.
Guardar a fé é apreciá-la, agradecê-la, alimentá-la, celebrá-la, viver dela, torná‑la inseparável da esperança e da caridade em todos os momentos e circunstâncias da nossa vida concreta. É mostrar que amar a Deus e ao próximo é o mesmo mandamento de amor. É olhar para o Alto, de onde nos vem todo o dom perfeito e a luz para o espírito, olhar à nossa volta e ver com os olhos atentos e amorosos de Deus.
Diz o Papa Francisco, na sua primeira encíclica “Luz da Fé”, que “urge recuperar o carácter de luz que é próprio da fé, pois, quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por perder o seu vigor”. Vemos como é verdadeira esta palavra no dia a dia de muitos cristãos e comunidades cristãs. Se a fé é luz, tudo no crente ilumina a sua vida e isso o leva à preocupação de que pelo seu testemunho também os outros vejam e se abram ao dom de Deus. Assim se concretiza o “Guardar a Fé – Guardar o outro”.
A fé não é um ensinamento de doutrina que leva o crente apenas a algumas práticas religiosas. É vida que gera vida. (…) É realizar, num único gesto, o mandamento de amar a Deus e ao próximo. Os educadores da fé devem, por isso, ter o cuidado de transmitir a mensagem de modo a que ela seja um “ensinamento para a vida”. É isso mesmo a catequese.
Só ensinando a ver os outros com os olhos de Deus sentiremos que estamos no caminho da fidelidade à missão de educadores da fé. Assim ajudaremos as crianças e os jovens a experimentar que não se pode amar a Deus sem amar o próximo. E amar não é um mero sentimento de simpatia, mas um gesto convicto de acolhimento e respeito, de ajuda e partilha fraterna (…), de estar a tento e tratar cada pessoa, conhecida ou desconhecida, como se trataria o próprio Jesus, o Filho de Deus e nosso Irmão.»
Nota da Comissão Episcopal da Educação Cristã (8 de Setembro)