“Vai fazer bem a todos, mas especialmente a nós sacerdotes, no início desta Quaresma, pedir o dom das lágrimas, para tornar a nossa oração e o nosso caminho de conversão sempre mais autênticos e sem hipocrisia. Vai fazer bem perguntarmo-nos: “Eu choro? O Papa chora? Os cardeais choram? Os bispo choram? Os consagrados choram? Os sacerdotes choram? O choro está nas nossas orações?”
Muitas vezes – prosseguiu o Santo Padre – a hipocrisia mancha as obras de caridade: a esmola, a oração e o jejum mas Jesus convida-nos a cumprir estas obras sem qualquer ostentação. E este é um convite à conversão, uma conversão que não seja “superficial” e “transitória” mas um verdadeiro itinerário espiritual que permita purificar o nosso coração para voltarmos a Deus que não hesitou em sacrificar o seu Filho Unigénito – afirmou o Papa Francisco:
“Efetivamente Cristo, que era justo e sem pecado, por nós foi feito pecado quando sob a Cruz foi carregado dos nossos pecados e, assim, resgatou-nos e justificou-nos perante Deus. N’Ele nós podemos tornar-nos justos, n’Ele podemos mudar, se acolhemos a graça de Deus e não deixamos passar em vão este momento favorável. Por favor, paremos um pouco e deixemo-nos reconciliar com Deus”.
O Papa Francisco recebeu as cinzas do cardeal Josef Tomko e depois, ele próprio as distribuiu a alguns cardeais, a monges beneditinos de Santo Anselmo, a padres dominicanos de Santa Sabina e a uma família com três filhos. No final da Missa o Santo Padre exortou os cristãos a atuarem de uma forma a que o seu cumprimento exterior da Quaresma corresponda um profundo renovamento do espirito”. (RS)
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