Publicações
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9 Abril 2022
Domingo de Ramos – Ano C
2 Abril 2022
O nosso Deus – di-lo de forma clara o Evangelho de hoje – funciona na lógica da misericórdia e não na lógica da Lei; Ele não quer a morte daquele que errou, mas a libertação plena do homem. Nesta lógica, só a misericórdia e o amor se encaixam: só eles são capazes de mostrar o sem-sentido da escravidão e de soprar a esperança, a ânsia de superação, o desejo de uma vida nova. A força de Deus (essa força que nos projeta para a vida em plenitude) não está no castigo, mas está no amor. No nosso mundo, o fundamentalismo e a intransigência falam frequentemente mais alto do que o amor: mata-se, oprime-se, escraviza-se em nome de Deus; desacredita-se, calunia-se em razão de preconceitos; marginaliza-se em nome da moral e dos bons costumes… Esta lógica (bem longe da misericórdia e do amor de Deus) leva-nos a algum lado? A intolerância … >> continuar a ler
2 Abril 2022
Domingo V da Quaresma – Ano C
26 Março 2022
A primeira chamada de atenção vai para o amor do Pai: um amor que respeita absolutamente as decisões – mesmo absurdas – desse filho que abandona a casa paterna; um amor que está sempre lá, fiel e inquebrável, preparado para abraçar o filho que volta. Repare-se: mesmo antes de o filho falar e mostrar o seu arrependimento, o Pai manifesta-lhe o seu amor; é um amor que precede a conversão e que se manifesta antes da conversão. É num Deus que nos ama desta forma que somos chamados a confiar neste tempo de “metanoia”. Esta parábola alerta-nos também para o sem sentido e a frustração de uma vida vivida longe do amor do “Pai”, no egoísmo, no materialismo, na auto-suficiência. Convida-nos a reconhecer que não é nos bens deste mundo, mas é na comunhão com o “Pai” que encontramos a felicidade, a serenidade e a paz. Esta parábola convida-nos, finalmente, … >> continuar a ler
26 Março 2022
Domingo IV da Quaresma – Ano C
19 Março 2022
A proposta principal que Jesus apresenta neste episódio chama-se “conversão” (“metanoia”). Não se trata de penitência externa, ou de um simples arrependimento dos pecados; trata-se de um convite à mudança radical, à reformulação total da vida, da mentalidade, das atitudes, de forma que Deus e os seus valores passem a estar em primeiro lugar. É este caminho a que somos chamados a percorrer neste tempo, a fim de renascermos, com Jesus, para a vida nova do Homem Novo. Concretamente, em que é que a minha mentalidade deve mudar? Quais são os valores a que eu dou prioridade e que me afastam de Deus e das suas propostas? Essa transformação da nossa existência não pode ser adiada indefinidamente. Temos à nossa disposição um tempo relativamente curto: é necessário aproveitá-lo e deixar que em nós cresça, o mais cedo possível, o Homem Novo. Está em jogo a nossa felicidade, a vida em … >> continuar a ler
19 Março 2022
Domingo III da Quaresma – Ano C
12 Março 2022
Os discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem também não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, mas alheados da realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No entanto, a experiência de Jesus obriga a continuar a obra que Ele começou e a “regressar ao mundo” para fazer da vida um dom e uma entrega aos homens nossos irmãos. A religião não é um “ópio” que nos adormece, mas um compromisso com Deus que Se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens. In site dos Dehonianos
12 Março 2022
Domingo II da Quaresma – Ano C
5 Março 2022
Frente a frente estão, hoje, a lógica de Deus e a lógica dos homens. A catequese que o Evangelho nos apresenta neste primeiro Domingo da Quaresma ensina que Jesus pautou cada uma das suas escolhas pela lógica de Deus. E nós, cristãos, seguidores de Jesus? É essa a nossa lógica, também? Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais, do acumular mais e mais, do olhar apenas para o seu próprio conforto e comodidade, do fechar-se à partilha e às necessidades dos outros, é seguir o caminho de Jesus? Pagar salários de miséria aos operários e malbaratar fortunas em noitadas de jogo ou em coisas supérfluas (enquanto os irmãos, ao lado, gemem a sua miséria), é seguir o caminho de Jesus? Dentro de cada pessoa, existe o impulso de dominar, de ter autoridade, de prevalecer sobre os outros. Por isso – às vezes na Igreja – os pobres, os débeis, os … >> continuar a ler