A morte é um acontecimento inevitável

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A Celebração dos fiéis defuntos é uma solenidade que tem um valor profundamente teológico, porque chama a atenção para todo o mistério da existência humana, das suas origens até ao fim e para além também. A novidade introduzida pela fé é a esperança: nós cristãos acreditamos num Deus, que não é apenas Criador, mas também Juiz. Logo, Deus é também é um Juiz! O seu juízo vai para além do tempo e do espaço, numa vida após a morte e na vida eterna, na qual o Reino de Deus se realiza plenamente. O julgamento do Senhor será duplo: além de responder individualmente às nossas ações, no fim dos tempos, seremos chamados a responder-lhes também como humanidade. Se morrermos em Cristo, porque vivemos a nossa vida em comunhão com Ele, seremos admitidos na Comunhão dos Santos.

A morte é um acontecimento inevitável. Cada um de nós pode entender isto pela própria experiência pessoal. Segundo a visão cristã, porém, não é considerada um facto natural. Pelo contrário, é o oposto da vontade de Deus! Graças à vitória de Cristo sobre a morte, podemos superar o medo que temos dela e a dor que sentimos quando atinge alguém que está próximo de nós. Enfim, para o cristão, não há distinção entre vivos e mortos, porque nem os mortos são “mortos”, mas “defuntos”, ou seja, “privados das funções terrenas”, à espera de serem transformados pela Ressurreição. 

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01/11/2025
REFLEXAO
Etiquetas: Ano C | Fiéis Defuntos | XXXI Tempo Comum