É tão bom quando temos a valiosa oportunidade de ter connosco os nossos pais a ajudarem no crescimento dos nossos filhos!
Na nossa família, a presença dos avós nas suas vidas sempre foi mais do que simples apoio logístico. O amor que dedicam aos seus netos é imenso e ajuda-os (também) na formação da sua personalidade (pela regulação de atitudes e comportamentos sob olhar atento e vigilante), nas experiências diferentes que lhes proporcionaram (seja uma sessão de croché, acompanhar “com as mãos na massa” as vindimas na terra, ensinar a andar de bicicleta, a rezar uma oração tradicional na família, ler uma história ou a jogar crapô, fazer pão, plantar searinhas para o Natal, montar uma pista ou jogar futebol) e que (também) os modelou enquanto pessoas.
O Papa Francisco disse, a 26 de julho de 2024, que teve “a graça de crescer numa família onde a fé se vivia de forma simples e concreta, mas foi sobretudo a minha avó, mãe do meu pai, que marcou o meu caminho de fé”. E conta como a avó Rosa lhe anunciou que Jesus vive, que ressuscitou.
Também na nossa vida a avó Leopoldina e a avó Laura tiveram uma presença especial. Talvez por terem ficado por mais tempo connosco. E a avó Floripes, o avô Gouveia, o avô Rosado, o avô Aníbal igualmente nos ajudaram a crescer. E essas nossas vivências puderam moldar-nos enquanto pessoas, e depois enquanto pais, para proporcionarmos aos nossos filhos esse tempo de avôs e avós tão importante. Não é só “passar férias” com os avós: é acolher os netos e partilhar com eles momentos inesquecíveis que eles guardarão no coração para sempre. Tal como nós guardamos dos nossos. Sabemos que o Santiago, a Verónica e o Mateus guardam memórias valiosas sobre o avô Acácio, a avó Augusta, o avô Fernando e a avó Lígia. E esse enriquecimento afetivo proporcionado pelos avós estrutura (também) emocionalmente.
“Na velhice, não me abandones” (Sl 71,9), era o tema do Dia Mundial dos Avós no ano passado. Este ano, a 4 de fevereiro de 2025, o Papa Francisco anunciou que a Igreja Católica celebra no dia 27 de julho (domingo), a frase bíblica “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”.
“No Ano Jubilar, o Dia [Mundial dos Avós e dos Idosos] pretende ser uma oportunidade para refletir sobre a forma como a presença dos avós e dos idosos se pode tornar um sinal de esperança em cada família e comunidade eclesial”, informou o Vaticano, em comunicado.
O Papa Francisco escolheu como tema para o V Dia Mundial dos Avós e dos Idosos uma frase do livro bíblico do Eclesiástico: – “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança” (cf. Sir 14, 2).
“Estas palavras exprimem a bem-aventurança dos idosos e indicam na esperança depositada no Senhor o caminho para uma velhice cristã e reconciliada”, acrescenta o comunicado publicado na sala de imprensa da Santa Sé.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida renova o convite do Papa Francisco para “todos” celebrarem o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos 2025 “em cada diocese” e dedicar as celebrações desse domingo, dia 27 de julho, “aos idosos, promovendo visitas e oportunidades de encontro entre gerações”.
O Papa Francisco anunciou a instituição do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, em 2021, iniciativa anual a ser realizada no quarto domingo de julho, junto da celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho).
“Os avós, tantas vezes, são esquecidos e esquecemos esta riqueza de cuidar das raízes e transmiti-las”, referiu Francisco, no dia 31 de janeiro de 2021. (https://agencia.ecclesia.pt/portal/vaticano-papa-escolheu-tema-para-o-dia-mundial-dos-avos-e-dos-idosos-2025-ligado-a-esperanca/)
Celebremos!