Os nossos corações são corações de “pobre”?

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Jesus, no átrio do templo de Jerusalém, chama a atenção dos discípulos para uma mulher, viúva e pobre, que apesar da sua pobreza deposita no recipiente das esmolas tudo o que tem. Os olhos de Jesus fixam-se muitas vezes em homens e mulheres simples, que são humildes, generosos e capazes de grandes gestos de amor. Na reflexão bíblica, os pobres, pela sua situação de carência, debilidade e necessidade, são considerados os preferidos de Deus, aqueles que são objeto de uma especial proteção e ternura por parte de Deus. Por isso, eles são olhados com simpatia e até, numa visão simplista e idealizada, são retratados como pessoas pacíficas, humildes, piedosas, cheias de “temor de Deus” (isto é, que se colocam diante de Deus com serena confiança, em total obediência e entrega). Este retrato, naturalmente um pouco estereotipado, não deixa de ter um sólido fundo de verdade: somente os “pobres – aqueles que têm um coração despojado, não apenas de bens materiais, mas também de orgulho, de vaidade, de autossuficiência – são capazes de estar disponíveis para acolher os desafios de Deus e para aceitar, com humildade e simplicidade, os valores do Reino. Os nossos corações são corações de “pobre”, sempre disponíveis para escutar Deus e para acolher com generosidade e amor os desafios de Deus?

In site dos Dehonianos